Brasil, 6 de junho de 2025
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China negocia encomenda de até 500 aviões da Airbus em meio a tensões comerciais

O país asiático avalia uma compra expressiva de aeronaves, potencialmente consolidando a liderança da Airbus no mercado chinês.

A China está considerando fazer uma encomenda de até 500 aeronaves da Airbus, incluindo modelos de corredor único e de fuselagem larga, tendo como objetivo fortalecer os laços comerciais com a fabricante europeia. As negociações, que ainda estão em curso, podem envolver aproximadamente 300 aviões, segundo fontes próximas às conversas, embora o número possa variar entre 200 e 500 unidades.

Negociações e impacto no mercado

As conversas com companhias aéreas chinesas ainda estão em estágio inicial, e há a possibilidade de que o acordo não seja finalizado ou leve mais tempo para ser concluído. A Airbus não comentou a informação, enquanto a Administração de Aviação Civil da China não respondeu ao pedido de comentário enviado por fax. Com a notícia, as ações da Airbus chegaram a subir 4,1% na bolsa de Paris, refletindo o otimismo do mercado em relação ao potencial negócio.

Importância estratégica para a Airbus

O acordo em discussão reforçaria a presença da Airbus na China, consolidando sua participação em um dos principais mercados de aviação global. A fabricante europeia tem aumentado suas vendas no país, impulsionada por uma linha de montagem em Tianjin dedicada à produção da família A320. Caso a encomenda seja realizada, superaria o recorde de aproximadamente 300 aeronaves firmadas em 2022, avaliado na época em cerca de US$ 37 bilhões.

Contexto das tensões comerciais e concorrência

Enquanto a Airbus busca ampliar sua participação, a rival americana Boeing enfrenta dificuldades na China devido às tensões comerciais e problemas internos, como a crise do 737 Max. Após acidentes fatais, as autoridades chinesas proibiram compras de aviões Boeing em 2019, mas permitiram a retomada das encomendas em 2020, após uma trégua comercial entre EUA e China.

Influência das relações diplomáticas

A possível encomenda de aviões da Airbus também faz parte da estratégia de Pequim de enviar uma mensagem ao governo de Donald Trump, especialmente com a visita de líderes europeus à China prevista para julho, para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre China e União Europeia. França e Alemanha, principais acionistas da Airbus, podem aproveitar essa oportunidade para fortalecer vínculos políticos e econômicos.

Influências no cenário global de aviação

Um grande pedido da China consolidaria ainda mais a posição da Airbus no mercado chinês, que já vem crescendo apoiado por seus centros de produção no país. O sucesso da Boeing na China foi limitado nos últimos anos, especialmente após disputas comerciais, crises internas e problemas de reputação demonstrados pelo episódio do 737 Max. Uma encomenda de até 500 unidades representaria uma das maiores negociações já realizadas na história da aviação mundial na China.

Especialistas destacam que, além de fortalecer os negócios da Airbus, esse acordo pode influenciar a dinâmica do mercado global de aviação, especialmente na disputa por participações em um dos mercados mais promissores do setor.

Para mais detalhes sobre as negociações, acesse o fonte oficial.

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