Brasil, 6 de junho de 2025
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Carla Zambelli deixa o Brasil antes de julgamento no STF

A deputada Carla Zambelli anunciou sua saída do Brasil três dias antes do STF analisar seu recurso contra condenação a 10 anos de prisão.

No cenário político brasileiro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tomou uma decisão surpreendente ao anunciar sua saída do país três dias antes do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciar o julgamento de um recurso que contesta sua condenação a 10 anos de prisão. A situação atraiu a atenção de muitos, especialmente considerando que o julgamento está agendado para começar na próxima sexta-feira e deve se estender por uma semana.

O caso de Carla Zambelli e sua condenação

Em maio, Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, crimes relacionados a uma suspeita de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante o mesmo julgamento, o hacker Walter Delgatti, que também esteve envolvido no caso, recebeu uma pena de oito anos e três meses de prisão.

A defesa de Zambelli imediatamente recorreu da decisão, e a semana passada marcou a definição do julgamento do recurso. Os procedimentos adotados foram os chamados embargos de declaração, um tipo de recurso processual que tem como intuito esclarecer pontos específicos de uma decisão já proferida. Essa estratégia é comum em casos que envolvem sentenças complexas, onde a interpretação da decisão pode ser discutida.

Repercussões da saída de Zambelli

Na terça-feira, Zambelli anunciou publicamente que se encontrava nos Estados Unidos e que tinha planos de viajar para a Itália, país onde possui cidadania. Essa revelação rapidamente levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a solicitar sua prisão, que está agora sob a análise do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. Tais desdobramentos geraram um clima de expectativa e preocupação acerca da possibilidade de fuga da deputada, considerando a gravidade das acusações que enfrenta.

Consequências legais e prazos de julgamento

Embora a rejeição do recurso de Zambelli não atue como um gatilho imediato para a prisão, ela aproximaria o início do cumprimento da pena. Recentemente, o ministro Moraes tomou uma decisão semelhante com o ex-presidente Fernando Collor, determinando sua prisão sob alegação de que os recursos apresentados tinham caráter meramente protelatório. Atualmente, Collor cumpre pena em prisão domiciliar em Maceió, após ser condenado a oito anos e dez meses de prisão.

Este histórico de condenações e penas impostas pelo STF reforça a seriedade dos crimes pelos quais Zambelli é acusada e levanta questões sobre a efetividade da justiça em casos de figuras públicas. Para muitos, a possível fuga da deputada pode ser vista como uma tentativa de evitar a justiça, o que pode agravar ainda mais sua situação legal.

Acusações adicionais que envolvem Carla Zambelli

Além do caso referente à invasão de dispositivos, Zambelli enfrenta outra ação penal, desta vez por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O julgamento desta nova ação teve início em março de 2025, e há indícios de uma maioria já formada entre os ministros para condená-la a cinco anos e três meses de prisão, além de cassar seu mandato. Contudo, a conclusão desse processo foi adiada devido a um pedido de vista do ministro Nunes Marques, o que mantém a situação de Zambelli em um estado de incerteza.

O desfecho desses casos poderá ter um impacto significativo na carreira de Zambelli e na percepção pública de sua atuação política. O Brasil observa atentamente os desdobramentos, e a sociedade espera que a justiça prevaleça em meio a essas circunstâncias complicadas.

Com a Câmara dos Deputados em um momento crucial para o país, a situação de Carla Zambelli poderá influenciar não apenas sua trajetória, mas também o panorama político de uma maneira mais ampla.

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