Brasil, 6 de junho de 2025
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Polícia Federal realiza nova ação contra fraudes em aposentadorias

A operação investiga um esquema de descontos irregulares nas aposentadorias, com prejuízos que podem ultrapassar R$ 6 bilhões.

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira dois mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos irregulares de aposentadorias e pensões. O foco da ação é identificar e arrecadar bens de investigados que, segundo as autoridades, estão envolvidos em um esquema que prejudica financeiramente milhares de aposentados e pensionistas em todo o Brasil.

Operação Sem Desconto: detalhes e objetivos

Os mandados foram autorizados pela Justiça Federal de Sergipe e foram executados nas cidades de Indiaroba e Umbaúba, localizadas no estado. A polícia tem como objetivo a recomposição do erário público e a redução dos prejuízos causados pelos autores desse esquema fraudulento. De acordo com a PF, muitas pessoas têm tido seus benefícios descontados de forma irregular, sem o seu consentimento nem autorização.

Entre os principais participantes do esquema estão sindicatos e associações que cobraram descontos nos pagamentos dos aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. As investigações da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) indicam que a permissão para esses descontos era falsificada. Assim, milhares de aposentados tiveram valores de suas aposentadorias subtraídos injustamente.

Prejuízo estimado em mais de R$ 6 bilhões

As ações da PF apontam que a arrecadação desses sindicatos durante o governo do presidente Lula aumentou significativamente, levando a um aumento nas mensalidades cobradas de aposentadorias e pensões. De acordo com os investigadores, o valor estimado dos prejuízos pode superar R$ 6 bilhões, impactando significativamente a vida de muitas pessoas que dependem desses benefícios para viver.

Histórico da investigação

A operação realizada nesta quarta-feira é um desdobramento de outra ação que havia sido deflagrada em abril, quando a Polícia Federal cumpriu 211 mandados de busca em 13 estados e efetuou 6 prisões temporárias. Essa ação anterior levou ao afastamento do presidente, diretores e coordenadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que eram os responsáveis por assinar acordos de cooperação com as entidades que estavam sendo investigadas.

Início das investigações

A investigação teve início em 2023, após a CGU detectar um aumento significativo no número de associações e nos valores que estas entidades estavam descontando dos pagamentos dos aposentados. O órgão de controle identificou que muitas dessas associações não tinham a estrutura operacional necessária para prestar os serviços prometidos, levantando suspeitas sobre a legalidade e a ética de suas operações.

A situação coloca em evidência a necessidade de uma maior fiscalização e transparência nas relações entre aposentados, sindicatos e associações, a fim de assegurar que os direitos dos beneficiários não sejam violados. Medidas mais rigorosas poderão ser discutidas pelos órgãos competentes para prevenir futuras fraudes e garantir que as aposentadorias e pensões sejam respeitadas, oferecendo segurança aos que tanto contribuíram para a previdência social ao longo de suas vidas.

À medida que as investigações avançam, a expectativa é que mais detalhes sobre os envolvidos e a operação sejam revelados, contribuindo para responsabilizar os que tentaram se beneficiar de maneira irregular às custas da vulnerabilidade de muitos aposentados.

Esta é uma questão que não apenas afeta a economia de milhares de brasileiros, mas também abala a confiança do público nas instituições que deveriam proteger seus direitos. O desmonte desses esquemas é crucial para garantir um sistema mais justo e transparente.

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