Brasil, 6 de junho de 2025
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Dólar recua e Ibovespa sobe com expectativas de leilões do BC

O dólar caiu 0,16% nesta quarta-feira, enquanto o Ibovespa opera em alta, refletindo expectativas de novos leilões e atuações do Banco Central

O mercado financeiro brasileiro acompanha com atenção as oscilações do dólar e do Ibovespa nesta quarta-feira (4), enquanto o Banco Central prepara dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, totalizando até US$ 1 bilhão. Às 9h02, o dólar operava cotado a R$ 5,6260, uma variação de -0,16%, e o Ibovespa iniciava o pregão após as 10h com alta de 0,56%, aos 137.546 pontos.

Expectativa de leilões do Banco Central influencia o mercado

O mercado aguarda as propostas para os leilões que acontecerão das 10h30 às 10h35, com liquidação prevista para 2 de julho. Os leilões são uma estratégia do BC para conter a volatilidade do dólar, oferecendo maior liquidez ao mercado cambial.

Segundo analistas, essa medida traz estabilidade ao câmbio e reforça o fortalecimento da moeda local, que acumula uma redução de 1,45% na semana e no mês, além de uma queda de 8,81% no ano.

Impacto do aumento das tarifas sobre importações de aço e alumínio nos EUA

Paralelamente, o mercado repercute a decisão do governo norte-americano de dobrar as tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados, de 25% para 50%, assinada pelo presidente Donald Trump. A medida afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores desses produtos aos Estados Unidos.

Especialistas avaliam que o aumento das tarifas pode pressionar os preços finais e os custos de produção, potencialmente elevando a inflação doméstica e demandando atenção do Banco Central. Analistas também destacam que a medida aumenta a incerteza na economia global, contribuindo para a redução da projeção de crescimento mundial para 2,9% em 2025 e 2026, segundo a OCDE.

Crise do IOF e debates políticos no Brasil

No cenário doméstico, o aumento do IOF continua em pauta, gerando tensões entre o governo e o Congresso. Após a apresentação de uma proposta de substituição do imposto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a medida só será divulgada na próxima semana. Até lá, a alta do IOF permanece vigente, alimentando a volatilidade dos mercados.

Paralelamente, o Banco Central reforça a crítica à elevação do imposto, considerando-o um instrumento de política regulatória, e não arrecadatória. O debate revela as dificuldades do governo em equilibrar as contas públicas sem afetar o ambiente de negócios.

Perspectivas para o mercado financeiro

As atenções se voltam às próximas semanas, em que os leilões de dólares do BC e o debate político sobre o IOF podem definir novas direções para o câmbio e o mercado de ações no Brasil. A expectativa é de que as ações do BC contribuam para a estabilidade do dólar, enquanto o cenário externo permanece de incerteza por conta das tensões comerciais internacionais.

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