Brasil, 20 de setembro de 2025
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Preocupação com corrupção cresce entre brasileiros em 2025

A corrupção é a maior preocupação dos brasileiros, segundo pesquisa Genial/Quaest de maio. Um aumento no temor foi registrado desde agosto de 2023.

A corrupção se tornou uma preocupação crescente dos brasileiros em 2025, alcançando o maior nível desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, o temor relacionado a esse tema aumentou cinco pontos percentuais desde agosto, marcando alarmantes 18% da população. Este índice coincide com escândalos recentes de desvios de recursos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que têm gerado repercussões significativas na sociedade.

Violência e economia: preocupações em foco

Enquanto a preocupação com a corrupção subiu, a pesquisa revelou que a violência continua liderando o ranking de inquietações dos brasileiros, com 30% apontando-a como a maior preocupação. Essa situação reflete uma inversão em relação ao que foi observado em agosto, quando 31% da população expressou preocupação com a economia, que atualmente figura com 19% das respostas no levantamento, deixando questões sociais em segundo plano com 22%. Saúde e educação seguem a lista com 10% e 6%, respectivamente.

A taxa de descontentamento com a violência atingiu um pico histórico, sendo a maior já registrada na série histórica de pesquisa. Em contrapartida, a percepção sobre a economia permanece em sua menor marca até o momento.

A responsabilidade pelos desvios no INSS

A pesquisa também traz à tona a percepção da população sobre a responsabilidade dos desvios de recursos no INSS. Aproximadamente um terço dos entrevistados (31%) vê o governo Lula como o principal culpado por isso, uma marca quatro vezes superior à registrada durante a gestão de Jair Bolsonaro, que ficou em 8%. Também foi identificado que 14% atribuíram a responsabilidade diretamente ao INSS, enquanto 8% consideraram que foram “as entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados” e 8% citaram o governo anterior.

Compreensão do escândalo

Em um aspecto positivo, 82% dos brasileiros afirmaram ter conhecimento sobre o escândalo envolvendo o INSS, demonstrando um alto nível de conscientização sobre as questões relacionadas à corrupção no sistema previdenciário. Apenas 18% não estavam a par do ocorrido. As respostas à pesquisa sugerem um forte desejo de que o governo tome medidas para solucionár a situação. Para 52% dos entrevistados, a prioridade deve ser devolver o dinheiro desviado utilizando recursos bloqueados das entidades investigadas, enquanto 41% acreditam que o governo deve devolver dos recursos públicos mesmo que isso implique em sacrificar os contribuintes.

Possibilidade de uma CPI

Cinquenta por cento da população se manifestou a favor da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os desvios, evidenciando a necessidade de aprofundar as investigações. Por outro lado, 43% acreditam que a investigação atual realizada pela Polícia Federal é suficiente, defendendo que a oposição apenas busca desacreditar o governo e seus projetos.

Já sondagens realizadas pelo Palácio do Planalto sugerem que essa crise pode interromper a recuperação da aprovação de Lula, afetando suas articulações políticas essenciais para a aprovação de projetos. A expectativa era que a gestão petista acelerasse a aprovação de legislações nesta metade do semestre, mas a CPI pode exigir uma mobilização significante dos recursos políticos da administração.

Perspectivas futuras

Ao que tudo indica, a abertura da CPI é uma medida com grande aceitação entre os que votaram em Bolsonaro em 2022, com uma diferença de 20 pontos percentuais de apoio em relação aos eleitores de Lula. A pesquisa evidencia um país em busca de soluções e, ao mesmo tempo, reflete uma população cada vez mais atenta e exigente em relação à transparência das ações do governo.

A situação atual refere-se não apenas a números, mas a um alerta social: a luta contra a corrupção e a busca por um governo mais responsável relacionados a expectativas e inseguranças que permeiam a vida dos brasileiros.

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