Brasil, 6 de junho de 2025
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Deputado Filipe Barros se encontra com Eduardo Bolsonaro nos EUA

Filipe Barros viajou aos EUA para reuniões sobre sanções contra Alexandre de Moraes, elevando tensões políticas no Brasil.

No mês de maio de 2023, o deputado Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, realizou uma missão oficial nos Estados Unidos. A viagem, que custou mais de R$ 19 mil aos cofres da Câmara, gerou polêmica ao se concentrar em discussões que podem impactar diretamente a política brasileira, envolvendo o nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Objetivo da viagem e impacto político

A missão de Barros foi classificada como essencial para estabelecer contatos com a comunidade brasileira nos EUA e participar de encontros com autoridades americanas. Durante sua estadia, entre os dias 11 e 15 de maio, o deputado teve um encontro significativo com o deputado Cory Mills, conhecido por suas articulações em favor de sanções contra Moraes.

As passagens aéreas para a viagem custaram R$ 16,7 mil, enquanto as diárias totalizaram R$ 2,4 mil. O impacto político foi imediato, especialmente após Mills relatar ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, suas preocupações sobre a “censura generalizada” no Brasil, imediatamente após a condução que Barros teve no encontro.

Sanções e a Lei Magnitsky

O interessamento do governo dos EUA em aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes se baseia na Lei Global Magnitsky, a qual permite a imposição de punições severas, como o bloqueio de bens e contas, sem a necessidade de processo judicial. Essa legislação é geralmente utilizada para abordar casos de violações de direitos humanos e corrupção.

  • Sanções como bloqueio de bens e proibição de entrada nos EUA.
  • Não é necessário processo judicial para a aplicação da lei.
  • A lei é usada em casos de execuções extrajudiciais e tortura.
  • Históricos de aplicação incluem EUA e figuras políticas de países como Rússia e Turquia.

Demonstração de apoio aos EUA

Após os comentários de Rubio, Filipe Barros expressou apoio às possíveis sanções, indicando que essas ações refletem os esforços de Eduardo Bolsonaro nos EUA para expor as violências de direitos humanos no Brasil. Em entrevista ao Metrópoles, Barros se mostrou otimista com a repercussão das discussões e convicto de que as violações não passarão despercebidas.

Resposta do deputado Filipe Barros

Quando questionado sobre o vínculo de sua viagem e os encontros realizados, Barros minimizou a relação direta com Eduardo Bolsonaro, ressaltando os encontros com autoridades americanas e afirmando que sua missão visa a “firmar tratativas e avançar em propósitos comuns com nações amigas”. Ele destacou sua agenda em Washington, que incluiu reuniões com deputados relevantes e contatos com representantes da comunidade brasileira.

Eduardo Bolsonaro e a tensão política

Eduardo Bolsonaro, atualmente licenciado da Câmara, está sendo investigado no STF. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Eduardo tem atuado junto ao governo dos EUA para a imposição de sanções contra ministros do STF. Desde março de 2023, quando se afastou do Brasil, ele tem como meta divulgar o suposto abuso de poder pelo ministro Moraes.

Recentemente, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara manifestou apoio a Eduardo Bolsonaro, argumentando que uma possível sanção não seria contra o Brasil, mas sim uma resposta a uma suposta violação de jurisdição. Barros defendeu a ideia, enfatizando que os atos de Moraes, enquanto servidor público, estão sob escrutínio das autoridades americanas.

O cenário político se intensifica cada vez mais com a interseção entre interesses brasileiros e norte-americanos, colocando em evidência a fragilidade das relações políticas em um contexto de crescente polarização.

A situação ressalta a necessidade de um diálogo aberto entre as instituições e a sociedade civil, enquanto a análise das ações dos representantes em ambas as nações se torna imprescindível para a transparência política. Assim, a missão de Filipe Barros pode apenas ser um indicativo de como o atual cenário político se entrelaça com interesses externos que afetam diretamente a soberania brasileira.

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