Neste intervalo de uma semana, dois jovens brasileiros morreram afogados no Rio Douro, em Portugal, aumentando a preocupação com a segurança de turistas e residentes na região. As operações de busca continuam em andamento, e os casos têm recebido ampla cobertura da mídia local e internacional.
Casos de afogamento no Porto e detalhes das vítimas
Heitor Silva, 17 anos
Na última sexta-feira, Heitor Silva, de 17 anos, pulou da famosa Ponte Luís I, em Porto, e desapareceu nas águas do rio. Testemunhas, incluindo colegas de escola, relataram que houve um desafio de acrobacias inspirado em jovens locais que pulam do tabuleiro inferior da ponte por dinheiro. Heitor teria sido o terceiro a saltar, totalmente vestido, o que pode ter contribuído para seu afogamento. As buscas pelos corpos continuam, abrangendo uma área de 13 quilômetros desde a sexta-feira, quando o corpo ainda não foi localizado.
Segundo um amigo de Heitor que acompanhava a ocasião, ele tentou salvar o jovem após o salto, mas também acabou entrando na água. Os alunos envolvidos são de uma escola em Gaia, cidade próxima ao Porto, e estavam em uma visita de estudos ao local.
Rhuan Nano, 17 anos
Na quarta-feira, Rhuan Nano, um jovem baiano de 17 anos, também se afogou no Rio Douro, na cidade de Gondomar, vizinha ao Porto. Rhuan teria pulado do cais de Gramido, em Valbom, e seu corpo foi localizado após buscas realizadas pelas autoridades locais. O funeral de Rhuan aconteceu no sábado, no Porto, causando comoção na comunidade escolar e na população portuguesa.
Contexto e repercussões em Portugal
Além desses casos trágicos, outras duas jovens angolanas também perderam a vida afogadas na cidade de Leiria, marcada pelo aumento de casos de acidentes no centro de Portugal nesta semana. São, ao todo, quatro tragédias envolvendo jovens brasileiros e angolanos em uma semana, o que tem gerado debates sobre a segurança em áreas de risco e a conscientização de turistas sobre os perigos nas regiões ribeirinhas.
Instituições locais, como o consulado do Brasil em Lisboa, vêm reforçando campanhas de conscientização, incluindo ações como o “violentômetro” para brasileiras em Portugal, conforme informa o Conselho em Lisboa. Além disso, há registros de aumento de casos de racismo e xenofobia, evidenciando o clima de insegurança que alguns jovens expatriados enfrentam no país.
Perspectivas futuras e a necessidade de maior atenção
Especialistas alertam para a importância de medidas preventivas em áreas de risco, especialmente para turistas jovens que buscam realizar desafios ou atividades aventureiras sem a devida preparação. As autoridades portuguesas continuam as buscas e reforçam campanhas educativas para evitar novos acidentes semelhantes.
A tragédia evidencia ainda a necessidade de atenção redobrada por parte de responsáveis e escolas durante visitas de estudo, além de campanhas de conscientização sobre os perigos do rio Douro e demais rios portugueses.
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