Brasil, 6 de junho de 2025
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Universidades brasileiras perdem posições em ranking global

Quase todas as universidades do Brasil caíram no ranking mundial de ensino superior. Falta de investimento é apontada como principal causa.

As universidades brasileiras que integram o ranking das melhores do mundo apresentaram uma significativa queda em suas posições, conforme divulgado nesta segunda-feira (2/6) pela análise feita anualmente pelo Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR). Este estudo, que avalia 2 mil instituições de ensino superior em todo o globo, revela a realidade preocupante vivida pelas universidades do país.

Queda no ranking e seu impacto

De acordo com o levantamento, 46 das 53 instituições brasileiras que fazem parte da lista das melhores do mundo perderam posições. O estudo aponta a falta de investimento contínuo do governo nas universidades como a principal razão para essa queda. A redução de recursos tem impacto direto na qualidade do ensino e na pesquisa científica, fundamentais para a elevação das posições nos rankings internacionais.

A Universidade de São Paulo (USP) continua sendo a instituição brasileira mais bem colocada, ocupando a 118ª posição – uma queda em relação ao 117º lugar do ano passado. Essa leve descida acende um alerta sobre a necessidade de mais investimentos em pesquisa e infraestrutura educacional.

Outras universidades em queda

Entre as instituições que observaram perdas em suas classificações, destacam-se:

  • Universidade Estadual de São Paulo (Unesp): caiu de 437º para 454º
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS): de 464º para 476º
  • Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): de 495º para 497º
  • Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): de 580º para 617º

A situação das universidades públicas vem sendo tema de debate em diversos fóruns acadêmicos e políticos, onde as instituições reivindicam políticas mais eficazes de financiamento e investimento em educação.

As exceções no cenário nacional

Apesar das dificuldades enfrentadas, algumas instituições brasileiras conseguiram melhorar sua posição na lista. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, subiu da 401ª para a 331ª posição, destacando-se como uma das poucas que alavancou seu desempenho. A Universidade de Campinas (Unicamp) também conseguiu uma leve melhora, passando da 370ª para a 369ª posição.

No contexto global, a Universidade de Harvard mantém a liderança como a melhor instituição de ensino superior do mundo, consolidando-se como uma referência em educação e pesquisa. A permanência de Harvard na primeira posição por 14 anos consecutivos é um testemunho de sua excelência acadêmica, mesmo diante de desafios políticos e econômicos recentes nos Estados Unidos.

O pedido de apoio e orçamento extra

Com a ameaça de cortes orçamentários e a insatisfação com a revisão de gastos, as universidades brasileiras se mobilizam para garantir mais recursos e políticas públicas que possam reverter essa tendência de queda. Recentemente, o governo anunciou uma recomposição de R$ 400 milhões para as universidades, mas muitas instituições ainda se mostram preocupadas e em busca de um orçamento mais robusto para 2025.

Os líderes acadêmicos reiteram que, para restaurar e melhorar a posição das universidades brasileiras nos rankings internacionais, é crucial que haja um compromisso contínuo com o investimento em educação e pesquisa. Somente com esse suporte será possível elevar a qualidade do ensino e competir em pé de igualdade no cenário global.

A situação atual das universidades brasileiras é um reflexo de uma política educacional que necessita de atenção e ajustes. O futuro do ensino superior no Brasil depende de decisões estratégicas que garantam recursos suficientes para o desenvolvimento acadêmico e científico.

Para mais informações sobre o impacto da falta de investimentos nas universidades, confira outros artigos relacionados no portal Metrópoles.

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