O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a taxação sobre operações com criptomoedas é uma das alternativas em estudo para impedir um aumento nos moldes do IOF como deseja o Ministério da Fazenda. A declaração foi feita nesta semana, enquanto o governo tenta evitar uma elevação na cobrança do imposto.
Discussões sobre alternativas ao aumento do IOF
Motta destacou que a possibilidade de tributar transações de criptomoedas “é um caminho possível”, mas ressaltou que ainda não há um acordo fechado sobre o tema. “Vamos trabalhar para um entendimento nesta semana. Vamos conversar já com o ministro Fernando Haddad para definir qual será a solução”, declarou.
Reuniões e cautela nas decisões
O parlamentar anunciou que se reunirá hoje à noite com o ministro da Fazenda para discutir as alternativas ao aumento do IOF, adotando uma postura cautelosa. Ele afirmou que o governo precisa agir com cuidado, pois mexer com economia requer responsabilidade. “Deixa eu fechar direitinho para não dar informações equivocadas”, completou Motta.
Outros temas em pauta na economia
Além da questão do IOF, há movimento para alterar o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, sob relatoria do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Uma das hipóteses é cortar o volume atual de renúncias fiscais, embora ainda não exista um consenso. Segundo Doutor Luizinho, líder do PP na Câmara, atualmente há R$ 691 bilhões em benefícios fiscais.
Impactos e próximos passos
O governo tem um prazo de dez dias para apresentar uma alternativa ao aumento do IOF, ou a Câmara pode votar um projeto que derruba o decreto do Executivo. Caso não haja acordo, a tramitação do projeto de alívio fiscal, com possibilidade de cortes em renúncias, também será discutida, com diferentes grupos defendendo suas propostas.
As negociações continuam em meio ao cenário de incerteza, enquanto as autoridades tentam equilibrar medidas fiscais e arrecadatórias para não prejudicar a economia. A expectativa é de que as decisões finais sejam anunciadas nas próximas semanas após as reuniões com o ministro Fernando Haddad.