Brasil, 6 de junho de 2025
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MC Poze do Rodo é preso no Rio de Janeiro por apologia ao crime

O cantor foi solto após decisão da Justiça, mas é investigado por envolvimento com o tráfico e apologia ao crime.

No último dia 29 de maio, o MC Poze do Rodo, cujo nome verdadeiro é Marlon Brendon Coelho Couto, foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O cantor é investigado por apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas, temas que geraram grande repercussão nas redes sociais e na mídia. Após alguns dias de detenção, a Justiça concedeu um habeas corpus para Poze nesta segunda-feira (2), permitindo sua soltura sob certas condições.

Contexto da prisão

A prisão de Poze ocorreu durante uma operação da DRE, que cumpriu um mandado de prisão temporária em sua residência localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A investigação foi motivada pelo compartilhamento de vídeos que mostravam o cantor se apresentando em um baile funk na Cidade de Deus, onde a presença de criminosos armados com fuzis foi amplamente registrada e divulgada.

Esses shows, onde Poze entoava letras que enaltecem o Comando Vermelho (CV), uma facção criminosa influente na região, levantaram suspeitas sobre sua participação em atividades ilícitas. O baile teve lugar dias antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, que atuava na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) em uma operação na comunidade, aumentando ainda mais a tensão em torno do evento.

Investigação e declarações sobre facções

Os agentes da DRE estavam em alerta devido ao histórico do cantor, que já havia sido visto anteriormente em eventos com a presença de traficantes armados. Em 2020, ele teve uma aparição similar em um baile funk no Jacaré. Essa atuação em ambientes suscetíveis a ações criminosas tornou-se um dos focos das investigações.

Durante o processo de entrada no sistema penitenciário, Poze declarou ter ligação com a facção Comando Vermelho, preenchendo um campo específico em seu prontuário que diz respeito à “ideologia declarada” do preso. É importante ressaltar que essa declaração não é uma confissão de culpa, mas sim uma medida para evitar conflitos dentro das unidades prisionais, que são segregadas por facções. Os presos que se declaram membros do Comando Vermelho, por exemplo, são alocados em alas separadas dos que pertencem ao Terceiro Comando Puro.

A declaração do cantor resultou em sua transferência para a Penitenciária Serrano Neves, popularmente conhecida como Bangu 3, onde se encontram diversos membros do CV, evidenciando a gravidade das acusações e o potencial de repercussão que seu envolvimento com o crime organizado pode acarretar.

A repercussão na mídia e nas redes sociais

A detenção do MC Poze do Rodo gerou um intenso debate nas redes sociais e na mídia. Muitos fãs e simpatizantes do artista se mostraram indignados com a prisão, alegando que ele apenas expressa a realidade de muitas comunidades cariocas através da sua música. Por outro lado, críticos afirmam que sua postura e letras incentivam a violência e a prática criminosa, criando uma divisão entre admiradores e detratores.

O futuro do artista

Agora liberado, Poze enfrenta um futuro incerto. O cumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça será fundamental para definir seu próximo passo. Ao mesmo tempo, a pressão da dinâmica do meio musical, das facções criminosas e das expectativas do público podem afetar seus próximos projetos e sua carreira.

À medida que a história se desenrola, fica claro que a prisão do MC Poze do Rodo levantou questões não apenas sobre a sua vida, mas também sobre o papel da música no contexto social brasileiro e a responsabilidade dos artistas diante dos problemas que afligem suas comunidades.

Assim, a sociedade brasileira aguarda os próximos desdobramentos dessa situação, refletindo sobre as consequências do envolvimento de artistas com o crime e as complexidades da cultura do funk que permeia as comunidades cariocas.

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