O diretor de Relações Internacionais do Banco Central, Galípolo, reforçou suas críticas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nesta quarta-feira (2). Em evento com analistas do mercado financeiro, ele afirmou que o IOF deve ser tratado como um imposto regulatório, e não como ferramenta de arrecadação ou de apoio à política monetária.
Posição de Galípolo sobre o IOF
Segundo Galípolo, o IOF possui uma função específica dentro do sistema financeiro, equivalente a um instrumento de regulação, e não deve ser utilizado para outros fins. “Sempre tive a visão de que a gente não deveria usar o IOF nem para questões arrecadatórias nem para apoiar política monetária. Acho que é um imposto regulatório, como está bem definido”, declarou.
A crítica ocorre em um momento de debate sobre a política fiscal e monetária do país, com o governo elevando o IOF sobre operações financeiras em meio às crescentes dificuldades econômicas.
Repercussões no mercado financeiro
Especialistas avaliam que a postura de Galípolo reforça a posição do Banco Central de manter a autonomia na condução da política monetária, evitando o uso de instrumentos que possam distorcer o mercado ou comprometer a estabilidade econômica. “A declaração indica uma resistência a intervenções que possam afetar a dinâmica do câmbio e do fluxo de capital”, explica o economista João Pereira.
Decisão do governo e suas implicações
Na ocasião, foi destacada a preocupação do governo com o impacto do aumento do IOF sobre o fluxo de capitais internacionais e o câmbio. O aumento recente gerou reações de agentes do mercado, que contestam a sua eficácia como medida para controlar a inflação ou evitar a saída de recursos.
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Perspectivas futuras
Analistas avaliam que o posicionamento do Banco Central pode indicar uma tendência de resistência a novos aumentos de impostos regulatórios, reforçando a autonomia da entidade na condução da política monetária e fiscal do país.