O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta segunda-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O objetivo foi discutir a calibração do decreto de aumento do IOF e alternativas para equilibrar as finanças públicas de 2025, em meio a uma crise política e econômica.
Negociações para ajuste no decreto do IOF
Haddad afirmou que há “sintonia” entre o Ministério da Fazenda e os líderes legislativos na busca por uma solução. “Sabemos o que precisa ser feito. Precisamos tomar uma decisão política do que será feito”, declarou o ministro. A expectativa é concluir as discussões até esta terça-feira, antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França.
O ministro revelou que as negociações envolvem ajustes na regulação do IOF, que passa por críticas do mercado. “Nessa semana, poderemos resolver e melhorar tanto a regulação do IOF quanto as questões estruturais, que não podem mais ser dissociadas”, destacou Haddad.
Repercussão do recuo no IOF
Na semana passada, o presidente da Câmara chegou a ameaçar sustar os efeitos do decreto caso o governo não apresentasse uma alternativa em dez dias. Para evitar essa possibilidade, Haddad comprometeu-se a entregar uma solução em menos tempo, apresentando opções que possam atender às necessidades fiscais sem prejudicar a arrecadação.
Contexto econômico e ajuste fiscal
O centro da crise é o esforço do governo de aumentar receitas em 2025, após reação negativa ao decreto de maio. O governo recuou de elevar a alíquota do IOF sobre remessas de recursos ao exterior, que se mantenha zerada, e reduziu de 3,5% para 1,1% a cobrança para aplicações de pessoas físicas no exterior. Segundo estimativas, esse recuo impactará R$ 2 bilhões na arrecadação, de um total previsto de R$ 20,5 bilhões.
Perspectivas para o avanço das negociações
Apesar do impasse, o governo trabalha para encontrar uma saída viável até a data limite, com o foco em garantir o cumprimento do orçamento de 2025 sem desvalorizar o mercado financeiro. A união com as lideranças legislativas é vista como fundamental para a viabilidade do ajuste fiscal e a estabilidade econômica nos próximos meses.
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