Brasil, 6 de junho de 2025
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Servidores públicos aguardam proposta de reajuste do governo Lula para segunda rodada de negociações

Depois de acordos até 2026, servidores do Executivo esperam avanço na equiparação de benefícios com os poderes Legislativo e Judiciário

Na próxima segunda-feira, 12 de junho, está prevista a segunda rodada de negociações entre o governo Lula e os servidores públicos federais, que aguardam uma proposta de reajuste nos benefícios. Os profissionais do Executivo reivindicam melhorias após firmarem acordos que garantem reajustes salariais até 2026, e tentam avançar na equiparação dos benefícios pagos pelos demais poderes.

Disparidade de benefícios entre os poderes

Segundo representantes do funcionalismo, a defasagem do benefício do Executivo em relação ao Legislativo e Judiciário atingiu até 78% no auxílio-alimentação, cujo valor na União é de R$ 1.000, enquanto os servidores recebem R$ 1.780. Os servidores argumentam que essa diferença aumenta a desigualdade salarial dentro do setor público.

Reivindicações por melhorias

Os trabalhadores apontam a necessidade de equalizar os benefícios, avaliando que esse tema é uma prioridade na pauta de negociações. “Há uma grande defasagem, principalmente no auxílio-alimentação e no benefício per capita de saúde”, destacou Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).

A mesa de negociações foi reaberta em 20 de fevereiro, com as entidades apresentando suas reivindicações. Agora, espera-se uma devolutiva do governo na próxima semana, no âmbito do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), liderado pela ministra Esther Dweck.

Reajustes em 2024 e expectativas futuras

Apesar do consenso sobre a necessidade de melhorias, o governo afirmou que não haverá reajustes em 2024. Ainda assim, o funcionalismo segue na expectativa de avanços nas próximas negociações, sobretudo na inclusão de benefícios como o auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche, que tiveram reajustes em 2024, mas ainda assim representam defasagens.

Segundo dados do governo, o auxílio-alimentação passou de R$ 658 para R$ 1.000, um aumento de 51,9%. Já o auxílio-saúde foi reajustado de R$ 144 para R$ 215, um incremento de 49,3%, e o auxílio-creche saiu de R$ 321 para R$ 484,90, com alta de 51,05%.

Outras reivindicações do funcionalismo

Além dos benefícios, os servidores também solicitam a atualização dos valores das diárias de deslocamento, que estão defasados. As categorias mais impactadas incluem policiais federais, auditores do trabalho, fiscais e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

As diárias para deslocamentos a capitais, atualmente, variam entre R$ 700 e R$ 800, dependendo do destino. A atualização dessas cifras foi feita em dezembro de 2023, por meio de decreto (decreto nº 11.872/2023).

Direito de greve e negociação coletiva

Outra pauta importante para o movimento é a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito de greve e de negociação coletiva dos servidores públicos. Rudinei Marques enfatiza que a expectativa é obter uma resposta do governo na próxima reunião.

Perspectivas e próximos passos

Segundo fontes ligadas às negociações, a expectativa é que o governo apresente uma proposta que reconheça a defasagem histórica nos benefícios e avance na sua equiparação com os outros poderes. A previsão é que as discussões continuem ao longo do mês, com possibilidade de novas mobilizações caso as reivindicações não sejam atendidas.

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A continuidade das negociações depende do avanço na proposta do governo, que pode impactar a estabilidade do funcionalismo e definir os rumos das próximas mobilizações.

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