Um vídeo recente de Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, acirrou as tensões dentro do Partido Liberal (PL) e confirmou sua aspiração em concorrer à presidência nas eleições de 2026. Com a presença do nome Bolsonaro à frente, o clamor por um novo protagonista na direita brasileira insistiu em fazer vôos baixos dentro da cúpula do PL, que se irritou pelo fato de que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro não mencionou o próprio pai durante sua gravação.
A repercussão do vídeo e a divisão interna do PL
O vídeo postado por Eduardo mostra uma interpretação pessoal sobre a história do Brasil, referindo-se a figuras históricas como Getúlio Vargas e defendendo a ideia de que “ainda há esperança” e que é necessária uma reconexão do brasileiro consigo mesmo. Essa retórica, no entanto, não foi bem recebida por um grupo influente do PL, que preferiria ver outros nomes, como Michelle Bolsonaro ou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como os candidatos à presidência.
A ausência da menção do ex-presidente no vídeo aumentou ainda mais a resistência a Eduardo por parte de membros da cúpula do partido, que acreditam que ele deveria se candidatar ao Senado em São Paulo, abrindo espaço para um nome mais “agregador” na corrida presidencial.
A estadia de Eduardo nos Estados Unidos
Atualmente, Eduardo se encontra nos Estados Unidos, onde planeja articular ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seu ministro mais controverso, Alexandre de Moraes. O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta sérios problemas legais que o tornaram inelegível até 2030, e parte do PL começa a ver Eduardo como uma opção viável para a presidência em 2026, especialmente considerando a preferência de seu pai por um candidato da própria família.
Os desafios da ascendência política de Eduardo
Enquanto Eduardo busca solidificar sua posição como pré-candidato à presidência, registram-se outros nomes que também aspiram a essa candidatura, como o governador Ronaldo Caiado (União-GO), que já se posicionou sobre a concessão de anistia caso seja eleito. Essa movimentação na direita revela a dificuldade que Eduardo enfrentará para se estabelecer como líder em um espaço político cada vez mais disputado.
A luta pela anistia e a disputa dentro do PL
De acordo com fontes próximas à cúpula do PL, Jair Bolsonaro busca garantir uma anistia em uma eventual candidatura de alguém dentro de seu círculo familiar, o que coloca ainda mais pressão sobre Eduardo. Contudo, há uma parcela do PL que argumenta que a candidatura de Michelle seria uma alternativa menos controversa e mais viável para atrair os votos que Eduardo atualmente busca. Enquanto isso, figuras como Tarcísio de Freitas emergem como alternativas com potencial de mobilizar uma base mais ampla.
A corrida para 2026: quem são os outros pré-candidatos?
Além de Eduardo, Michelle e Tarcísio, outros nomes na direita como Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS) também se posicionam como possíveis pré-candidatos. Com a divisão interna no PL e as aspirações de Eduardo, 2026 promete ser um ano tumultuado na política brasileira. O desafio é grande, já que ele terá que mostrar que pode unir as diferentes facções da direita, que hoje encontram-se fracionadas em suas ambições.
A disputa deverá ser acirrada, e os próximos meses determinarão se Eduardo conseguirá reconquistar o apoio necessário do partido para se tornar o candidato do PL ou se verá sua candidatura esmorecer sob a pressão de rivais, tanto dentro quanto fora do seu clã.
Este novo capítulo na política brasileira reafirma a complexidade das relações internas entre os membros do partido e as dificuldades que Eduardo é capaz de enfrentar enquanto procura construir um legado político próprio, longe da sombra de seu pai, mas em busca do mesmo eleitorado que o elevou ao poder.
