No último domingo (1º de junho), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do encerramento do XVI Congresso Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizado em Brasília. O evento, que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do prefeito do Recife, João Campos, foi uma oportunidade para o petista reforçar a conexão que tem com a legenda. Lula declarou que sua relação com o PSB é de natureza “umbilical”, evidenciando a importância do partido em sua estratégia política.
Relação próxima entre Lula e o PSB
Durante o congresso, Lula afirmou: “A nossa relação com o PSD é uma relação carnal. A gente é ligado umbilicalmente”. O presidente fez uma referência às divergências que surgem no âmbito local, como nas disputas de vereadores e governadores, mas sustentou que isso não interfere na aliança entre os partidos. Dessa forma, o evento não só celebrou a união entre as siglas, como também serviu como um ponto de partida para discussões em torno das próximas eleições presidenciais.
A presença de Lula no congresso também destacou o apoio que ele oferece a João Campos, que recentemente foi aclamado presidente nacional do PSB. “Eu venho aqui para prestigiar o prefeito João Campos e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é um grande companheiro”, disse Lula, reforçando sua intenção de construir alianças sólidas para o futuro político do país.
Articulações políticas para 2026
As articulações para as eleições de 2026 estão fervilhando nos bastidores, e Lula sabe que para uma eventual reeleição, uma base sólida no Congresso é essencial. Em sua fala, ele enfatizou a importância de eleger senadores que estejam alinhados ao seu governo. “Em 2026, nós precisamos eleger senadores da República, porque se esses caras elegerem a maioria senadores, vão fazer uma muvuca no Brasil”, alertou o presidente, indicando que um Senado forte ao seu lado é crucial para garantir a estabilidade da sua gestão.
A continuidade de Alckmin como vice-presidente na próxima eleição não está garantida. Names como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), estão se articulando para assumir o cargo, o que pode mudar o cenário político no Brasil nos próximos anos.
“Para ser candidato à reeleição, eu preciso estar bem de saúde. Como eu estou agora”, destacou Lula, reafirmando seu compromisso com o futuro.
Aclamado presidente do PSB
Durante o congresso, João Campos foi aclamado como o novo presidente nacional do PSB. Ele era o único candidato na disputa e contou com o apoio do ex-presidente da legenda, Carlos Siqueira, que deixa o cargo após uma década. Campos, que tem apenas 31 anos, já é um garoto-propaganda da nova geração política e está no seu segundo mandato como prefeito do Recife, onde foi reeleito com 78,11% dos votos no último pleito.
Além do apoio de Lula e Siqueira, Campos é considerado um forte candidato para as eleições de 2026, podendo concorrer ao governo de Pernambuco, desafiando a atual governadora Raquel Lyra (PSD).
Futuro do PSB e legado de Carlos Siqueira
Ao deixar a presidência do PSB, Carlos Siqueira assumirá o comando da Fundação João Mangabeira, uma entidade ligada ao partido e voltada para a promoção de iniciativas sociais e políticas. Com sua saída, Siqueira deixa um legado importante no partido e garante sua continuidade na vida pública, agora em um novo formato.
A movimentação política no Brasil entra em um período aquecido à medida que se aproximam as eleições de 2026, e com figuras como Lula e Campos à frente das articulações, promete ser uma disputa acirrada e significativa para o futuro do país.
