Recentemente, em Petrolina, Pernambuco, ocorreu uma oficina promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), reunindo representantes dos estados do Piauí, Pernambuco e Bahia. O evento focou em discutir o futuro da Caatinga, enfatizando a importância de estratégias de conservação e uso sustentável desse bioma tão singular e ameaçado.
Mapeando o território da Caatinga
Durante a oficina, José Neto, auditor e gerente de Áreas Protegidas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), apresentou um extenso mapeamento de áreas prioritárias que demandam intervenções urgentes e ações estratégicas. Ele destacou o trabalho em curso no sul do Piauí, que se conecta com o projeto “Conecta Caatinga”. Um ponto crucial levantado por Neto foi a necessidade da participação ativa das comunidades tradicionais, que são fundamentais para a conservação do bioma.
A importância de conectar áreas protegidas
Além disso, José Neto enfatizou a necessidade de que as ações de conservação transcendam os limites das unidades de conservação. Ele argumentou que é essencial conectar as áreas protegidas por meio de corredores ecológicos, permitindo que a fauna e a flora da Caatinga se interajam de maneira mais dinâmica e saudável. Essa abordagem integrada é vista como vital para fortalecer os ecossistemas locais e permitir um manejo mais eficiente dos recursos naturais.
A oficina, que ocorreu no início desta semana, é parte do projeto GEF Conecta Caatinga, que conta com a coordenação do MMA e o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Instituto Internacional para Educação do Brasil (IEB). O projeto tem como objetivo fundamental conectar territórios, ecossistemas e comunidades da Caatinga, promovendo ações de governança, manejo sustentável, inovação em políticas públicas e valorização da produção agroextrativista. Essa abordagem visa não apenas a proteção ambiental, mas também a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.
Futuro da Caatinga: um desafio coletivo
O futuro da Caatinga depende de esforços conjuntos e de uma abordagem que considere as particularidades locais e a diversidade cultural da região. Iniciativas como a realizada em Petrolina são fundamentais para reunir diferentes atores sociais e promover um diálogo efetivo sobre a conservação e o uso sustentável desse bioma. O papel das comunidades locais é imprescindível, não apenas como beneficiárias das políticas, mas como protagonistas na construção de um futuro sustentável.
O evento representou uma oportunidade ímpar para que diversos setores da sociedade se unissem em prol de um objetivo comum: garantir a preservação da Caatinga e promover o desenvolvimento sustentável. Assim, a natureza e a cultura podem coexistir de forma harmônica, beneficiando tanto a biodiversidade quanto as comunidades que ali habitam.
Para mais informações, acesse a matéria completa no site da Semarh.
