Brasil, 1 de junho de 2025
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Personal trainer condenado por publicar vídeo de aluno sem autorização

Um personal trainer foi condenado a pagar R$ 600 por danos morais a um aluno após publicar sua imagem sem consentimento.

No Distrito Federal, um desdobramento judicial trouxe à tona uma questão crítica sobre a privacidade e a utilização da imagem de indivíduos nas redes sociais. Um personal trainer de Planaltina foi condenado a pagar R$ 600 em indenização por danos morais a um aluno. O motivo? O profissional publicou um vídeo do aluno em suas redes sociais sem obter o consentimento necessário.

A origem do caso

O incidente ocorreu em setembro de 2024, quando o personal trainer postou um vídeo que mostrava o aluno por cerca de três segundos durante uma sessão de exercícios. Apesar da breve aparição, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) considerou que isso configurou uma violação do direito à imagem do aluno. O personal trainer tentava justificar sua ação alegando que tinha uma autorização genérica, presente em um contrato com a academia onde trabalhava. No entanto, a juíza responsável pelo caso rejeitou esse argumento, esclarecendo que o contrato apenas permitia o uso da imagem pela academia, não pela figura do treinador.

Os aspectos legais envolvidos

A decisão da magistrada destaca a importância da proteção da imagem prevista na Constituição brasileira. Além disso, ela realça aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a qual determina que o consentimento para qualquer uso de imagem deve ser “livre, informado e inequívoco”. A juíza afirmou: “A utilização da imagem do autor, ainda que para fins de promoção pessoal do réu como personal trainer, configura ato ilícito.”

O impacto da LGPD no cotidiano

A LGPD, sancionada em 2018, trouxe uma nova perspectiva sobre o uso de dados pessoais, incluindo imagens. O caso em questão serve como um alerta para profissionais de diversas áreas: o desrespeito a normas de consentimento pode resultar em sérias consequências legais e financeiras. Essa situação também destaca a necessidade de educar clientes e profissionais sobre os limites e direitos relacionados ao uso da imagem, visando respeitar a privacidade e dignidade de cada indivíduo.

Repercussão e próximos passos

Atualmente, o g1 não conseguiu entrar em contato com o personal trainer ou com sua defesa para comentar sobre a decisão judicial. Entretanto, cabe a ele o direito de recorrer da sentença. A expectativa é que esse caso ressoe entre outros profissionais do setor, instigando uma reflexão sobre a importância de se obter autorização clara e específica antes de compartilhar qualquer conteúdo que envolva a imagem de terceiros.

Reflexões finais

Casos como este ressaltam a urgência de discussões sobre ética e responsabilidade em um mundo cada vez mais conectado. À medida que o uso das redes sociais se torna parte integrante do cotidiano, compreender e respeitar as regras que regem a privacidade se torna imprescindível. Os profissionais que estejam atentos a essas questões não apenas protegem seus clientes, mas também resguardam seus próprios interesses jurídicos. No fundo, o respeito pela imagem e pela privacidade é um sinal de profissionalismo e consideração.

Assim, toda atenção à legislação e à ética de trabalho é fundamental para evitar complicações e garantir a confiança dos clientes, além de preservar a integridade e a idoneidade do exercício profissional.

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