O mundo da comunicação no Brasil foi abalado nesta terça-feira, 27 de junho, com a trágica morte do radialista Luis Augusto Carneiro Costa, mais conhecido como Luisinho Costa. Ele foi assassinado a tiros durante a transmissão ao vivo de seu programa na rádio Guarany FM, localizada em Abaetetuba, no Pará. O crime evidencia os riscos enfrentados por profissionais da imprensa no país, onde a violência continua a ser uma questão alarmante.
O assassinato e a reação da comunidade
Durante a transmissão, um homem armado invadiu o estúdio e disparou contra Luisinho, que não sobreviveu aos ferimentos. Com 46 anos, o comunicador trabalhava há mais de 20 anos no ramo e, além de radialista, ele era empresário, DJ e produtor de eventos. Luisinho estava na rádio Guarany FM desde 2020 e era filho do conhecido locutor Bené Costa. Ele deixa esposa e uma filha.
A violência chocou não apenas a família e amigos, mas também a comunidade local e entidades de classe. O Sindicato dos Radialistas do Pará, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), emitiu uma nota conjunta lamentando o ocorrido. “Cada violência contra um profissional da imprensa é também um ato contra a liberdade de informação, a democracia e o Estado Democrático de Direito”, destacaram.
O legado de Luisinho Costa
A figura carismática de Luisinho ficou marcada na cultura local, especialmente entre os ouvintes da rádio. A comoção se espalhou nas redes sociais, onde amigos e familiares compartilharam homenagens e lembranças do radialista. O Bloco Me Namora, um coletivo carnavalesco da região, também se manifestou através de uma nota de pesar: “Luisinho viveu o bloco com dedicação, alegria e um compromisso que tocava a todos. Sempre presente, silencioso nos bastidores, mas gigante na entrega.”
O grupo também ressaltou que “sua partida deixa um vazio imenso, mas seu legado de amizade, trabalho e dedicação será sempre lembrado”. A perda de um profissional atuante em eventos culturais evidencia o impacto social que ele causou ao longo de sua vida.
Paz e justiça: a luta continua
Até o momento, a motivação do crime não foi confirmada. A Polícia Civil do Pará já iniciou as investigações e está realizando perícias na rádio. A polícia também está ouvindo testemunhas e analisando imagens das câmeras de segurança que estavam instaladas no local. O autor dos disparos fugiu logo após a execução de Luisinho e está sendo procurado pelas autoridades locais.
A morte de Luisinho Costa é um lembrete da necessidade urgente de se proteger os profissionais de comunicação em todo o Brasil. Em um país onde a liberdade de expressão é um valor fundamental, a violência contra jornalistas e radialistas deve ser combatida com rigor. Fica à espera não apenas de justiça para Luisinho, mas de um ambiente mais seguro para todos os profissionais que atuam na imprensa.
O legado deixado por Luisinho é um chamado para que todos se unam na luta contra a violência e em defesa da liberdade de expressão, por meio da qual a democracia pode florescer no Brasil.