Brasil, 1 de junho de 2025
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Lula concede Ordem de Rio Branco a Eunice Paiva postumamente

O presidente Lula homenageia Eunice Paiva, símbolo da luta pelos direitos humanos, com a Ordem de Rio Branco, em decisão histórica.

Nesta quarta-feira (28/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conferiu, de maneira póstuma, a Ordem de Rio Branco a Eunice Paiva, que faleceu em 2018. Eunice, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido em 1971 durante a ditadura militar, teve sua trajetória retratada no filme “Ainda Estou Aqui”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

A decisão de Lula trouxe à tona a luta de Eunice e de sua família pela verdade e pela defesa dos direitos humanos, com o governo destacando: “O percurso dela e de sua família em busca de informações sobre o que realmente ocorreu se tornou símbolo da luta pela verdade e pela defesa dos direitos humanos.”

A importância de Eunice Paiva na sociedade brasileira

O reconhecimento póstumo da Ordem de Rio Branco a Eunice Paiva simboliza muito mais do que uma mera homenagem. Sua vida foi marcada pela resistência e pela busca incessante por justiça em um dos períodos mais sombrios da história brasileira. A luta de Eunice por verdade e justiça, especialmente no que diz respeito à morte de Rubens Paiva, que somente foi reconhecida oficialmente pelo Estado após 25 anos, evidencia a importância de recordar e honrar aqueles que sofreram durante a ditadura militar.

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, trouxe à luz a história da família Paiva, mostrando a busca angustiante de Eunice por respostas e a luta pelos direitos humanos. A atuação da atriz Fernanda Torres, que interpretou Eunice, foi amplamente reconhecida e a atriz venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz por sua performance.

Um legado de coragem e resistência

O ministério das Relações Exteriores, através de seu titular, Mauro Vieira, fez questão de enfatizar o legado deixado por Eunice Paiva: “Eunice é considerada exemplo de coragem na luta contra a opressão da ditadura e em favor de liberdades democráticas e dos direitos dos povos originários, causa a que também se dedicou.” Este reconhecimento oficial não apenas homenageia sua memória, mas também serve como um chamado à societalização da história e à preservação do Estado Democrático de Direito.

O que é a Ordem de Rio Branco?

A Ordem de Rio Branco foi instituída em 1963 com o objetivo de premiar serviços meritórios e virtudes cívicas, além de incentivar a prática de ações dignas de honrosa menção. O nome é uma homenagem ao Barão do Rio Branco, considerado o patrono da diplomacia brasileira.

A insígnia da ordem é uma cruz de quatro braços e oito pontas, esmaltadas de branco, que centraliza uma esfera armilar em prata dourada. Ao redor da esfera, há uma inscrição em esmalte azul com a frase “Ubique Patriae Memor”, traduzida do latim como “Em qualquer lugar, terei sempre a Pátria em minha lembrança”. Esta frase expressa o compromisso inabalável com a pátria, que se reflete na dedicação de personalidades como Eunice Paiva.

O reconhecimento por parte do governo é uma forma de celebrar e memorializar não somente a vida de Eunice Paiva, mas também as lutas por direitos e justiça social enfrentadas por muitos brasileiros durante e após o regime militar. O texto do decreto que confere a ordem a Eunice Paiva foi assinado por Mauro Vieira, no que se configura como um evento que toca profundamente a consciência da sociedade brasileira.

A homenagem a Eunice Paiva representa um passo importante na valorização da memória histórica e na afirmação de valores democráticos, fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Que seu legado continue a inspirar a luta pelos direitos humanos e pela verdade no Brasil.

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