João Ricardo Mendes, empresário e CEO da Hurb, completou um mês detido na Penitenciária Evaristo de Moraes, o Galpão da Quinta, em São Cristóvão, após ter seu habeas corpus negado pela Justiça. A decisão de reter o empresário foi confirmada pela desembargadora Denise Vaccari Machado Paes, que apontou agravantes que justificam a manutenção da prisão.
Casos envolvendo Mendes e a prisão
Na ocasião da prisão, Mendes foi flagrado furtando obras de arte do Hotel Hyatt e outros itens do escritório Duda Porto Arquitetura, no Casa Shopping, na Zona Oeste do Rio. Seus advogados alegaram que Mendes é vítima de “constrangimento ilegal” e sofre de graves transtornos neuropsiquiátricos. Segundo a defesa, os objetos foram roubados em estado de “alheamento emocional” e de forma aleatória, sem intenção de vantagem econômica.
Desacordo e fundamentos da Justiça
Apesar do pedido de soltura ter sido indeferido, os advogados apontaram que Mendes é réu primário, possui residência fixa e crimes sem violência ou ameaça grave. No entanto, a desembargadora destacou que a prisão é necessária devido a aspectos que indicam planejamento prévio e objetivos escusos, como o uso de uma motocicleta sem placa, disfarce de entregador e contratação de táxi para transporte dos objetos furtados. Além disso, testemunhas confirmaram que Mendes tentou despistar a segurança com uma bolsa de entregador do iFood e se passou por técnico de informática para acessar o escritório.
Investigação e possíveis motivações
Segundo a magistrada, a hipótese de que os furtos tenham sido atos para cobrir dívidas relacionadas ao fracasso empresarial de Mendes também é considerada, sobretudo pelo fato de grande parte das obras de arte furtadas terem valor econômico significativo. A decisão da desembargadora reafirmou que a prisão preventiva é fundamental para evitar a reiteração criminosa e manter a ordem pública.
Próximos passos e perspectiva
O julgamento do mérito do Habeas Corpus está marcado para o dia 3 de julho, quando a Justiça analisará se há motivos para libertar Mendes ou manter a prisão preventiva. A situação aguarda definição, enquanto o empresário permanece à disposição da Justiça.
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