Brasil, 4 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Oposição na câmara quer ouvir big techs sobre regulação das redes sociais

O líder da oposição, Zucco, apresentará requerimento para ouvir big techs na Câmara diante de acusações de censura nas redes sociais.

No cenário político atual, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), está em busca de um espaço de discussão para tratar da regulação das redes sociais. Em meio a críticas ao governo federal e à defesa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a necessidade de regular o ambiente digital, a oposição decidiu agir. Na próxima quinta-feira, 29 de maio, será apresentado um requerimento para convocar uma comissão geral no Plenário para que grandes empresas, como a Meta, responsável pelas redes sociais Facebook e Instagram, compareçam e prestem esclarecimentos.

A pressão da oposição

Em uma reunião realizada na terça-feira, 27 de maio, entre Zucco e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi definida a estratégia para acionar as big techs. O líder da oposição manifestou sua preocupação com os riscos apresentados pela regulação defendida por Lula, afirmando que isso poderia resultar em censura. “Uma coisa é o que todos nós somos contra: qualquer tipo de golpe que envolva crianças, mulheres e idosos. Outra coisa é a gente ser tolhido da nossa voz”, disse Zucco, deixando claro que o debate não deve ser restrito e deve refletir a diversidade de opiniões que a sociedade possui.

Convida especialistas

Além de convocar os representantes das big techs, os parlamentares da oposição também desejam ouvir especialistas, juristas e representantes da sociedade civil. Esse amplo debate é considerado essencial para garantir que a regulação das redes sociais não haja um impacto negativo sobre a liberdade de expressão e sobre a própria viabilidade das plataformas no Brasil. A bancada opositora destacou em nota que o objetivo é promover um diálogo abrangente e democrático, buscando uma solução que evite o afastamento de empresas do Brasil em busca de maior segurança jurídica.

Discussões no STF

Além do parlamento, o tema da regulação das redes sociais está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará a interpretação de um artigo do Marco Civil da Internet. A Advocacia-Geral da União (AGU) já havia solicitado à Corte a adoção imediata de punições para redes sociais que não consigam controlar discursos de ódio. Esse cenário evidencia a complexidade do debate e a necessidade de uma abordagem equilibrada que proteja tanto os direitos dos usuários quanto as operações das plataformas digitais.

O equilíbrio entre regulação e liberdade

O dilema entre a regulação das redes sociais e a liberdade de expressão é um tema amplamente discutido em diversos países, e o Brasil não está imune a esse debate. O posicionamento da oposição demonstra uma preocupação com possíveis excessos por parte do governo, que pode utilizar a regulação como uma ferramenta de controle. Eles enfatizam a importância de garantir um ambiente digital onde as vozes possam ser ouvidas e respeitadas, especialmente considerando o papel crucial das redes sociais na esfera política e social.

Com o diálogo se intensificando tanto na Câmara quanto no STF, será fundamental acompanhar os desdobramentos dessas discussões. A expectativa é que a audiência convocada, incluindo a participação das big techs e especialistas, possa trazer à tona preocupações legítimas e contribuir para a construção de um marco regulatório mais justo e equilibrado, respeitando a pluralidade e a liberdade de expressão no Brasil.

O clima está tenso, e a próxima quinta-feira promete ser um marco significativo nessa luta pela regulação das redes sociais. O resultado desse diálogo poderá influenciar não apenas o futuro das plataformas digitais, mas também a forma como o Brasil enfrentará os desafios da era digital.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes