Brasil, 29 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Moradores de Piracicaba relatam demora em atendimento nas UPAs

Pacientes enfrentam longas esperas nas UPAs de Piracicaba, mesmo após decreto de emergência em saúde.

O recente decreto de emergência em saúde em Piracicaba, SP, motivado pelo aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave e infecções virais, não está surindo o efeito esperado. Apesar das promessas da prefeitura para ampliar o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os moradores continuam a enfrentar longas filas e insatisfação com os serviços prestados.

Demora e lotação nas UPAs

Passados oito dias desde a publicação do decreto, a situação nas UPAs da cidade ainda impressiona. Residentes que buscam atendimento relataram tempos de espera excessivos, especialmente nas UPAs Piracicamirim, Vila Cristina e Vila Rezende. As queixas são corroboradas por uma reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, que mostrou filial de pacientes aguardando do lado de fora, devido à falta de espaço nas salas de atendimento.

A empresária Laís de Lima, que buscou atendimento para seu filho Samuel na UPA Piracicamirim, comentou: “Esperei duas horas pelo atendimento e, quando finalmente fui atendida, percebi a falta de equipamentos adequados. O médico não conseguiu examinar o ouvido dele por conta da precariedade dos instrumentos disponíveis.” A insatisfação com a espera e a qualidade do atendimento se reflete em outras opiniões, como a de Letícia de Souza, que já levou a filha Camila três vezes em um mês e criticou o tratamento: “Médicos receitam remédios, mas não solucionam o problema da virose que atinge várias crianças.”

Problemas de saúde sem respostas

Os relatos vão além da insatisfação com os tempos de espera. A família de Edson Lopes, um mecânico de 56 anos, expressa desespero frente à situação crítica de saúde dele, que sofre de uma infecção ocular. Eles já percorreram duas unidades de saúde e ainda aguardam transferência para cirurgia em um hospital estadual, mas a resposta a esse pedido tem sido negativa devido à atual crise nas UPAs.

Rosei Lopes, esposa de Edson, relatou que durante uma visita à UPA Vila Cristina, foi informada de que a transferência não seria rápida, dada a situação de emergência vigente. “Meu esposo está cada vez pior. Preciso que ele seja operado para que eu possa ficar mais tranquila,” lamentou. A pressão por atendimento rápido se torna ainda mais evidente quando as condições de saúde dos pacientes são gravemente ignoradas em detrimento de outras urgências relacionadas a surtos gripais.

Reações da prefeitura e medidas de emergência

Em resposta às críticas, a Prefeitura de Piracicaba informou que, no caso de Edson, ele já recebe acompanhamento médico há anos e tem um retorno agendado na Unicamp. Sobre a lentidão nos atendimentos, a gestão pública pontuou que um protocolo de avaliação de risco está sendo seguido e que o atendimento é priorizado conforme a gravidade dos casos.

O secretário municipal de saúde, Sérgio Pacheco, defendeu as ações do governo, destacando o aumento do repasse financeiro a hospitais parceiros para a criação de leitos para atender crianças, especialmente com SRAG. O decreto de emergência também facilitou a aquisição de insumos e contratações de profissionais de saúde, visando ampliar o atendimento às crianças em necessidades críticas.

Expectativas e padrões de atendimento

Enquanto a cidade luta para estabilizar a situação, os moradores aguardam ansiosamente melhorias nas UPAs e uma resposta mais eficiente às suas queixas. O decreto de emergência, publicado em 19 de setembro, criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) Sintomáticos Respiratórios Piracicaba para monitoramento e gestão da situação.

Embora haja esperanças de que as medidas implementadas resultem em melhorias, as vozes insatisfeitas entre a população de Piracicaba ressaltam a importância de um rápido atendimento de saúde e a urgência em priorizar a qualidade nas estruturas de saúde que atendem a comunidade. A situação, como destacam os moradores, apresenta um reflexo sobre a necessidade de respostas rápidas e efetivas diante de um cenário de crise na saúde pública.

Com isso, a cidade enfrenta um desafio significativo em manter a saúde da população diante das crescentes demandas e da pressão financeira que se impõe ao sistema de saúde local. O acompanhamento das ações será crucial para que os cidadãos possam recuperar a confiança nos serviços de saúde pública em Piracicaba.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes