O Governo do Estado do Piauí publicou, nesta segunda-feira (26), um decreto que declara estado de emergência zoossanitária em todo o território piauiense, com uma vigência de 180 dias. A medida visa reforçar as ações de prevenção contra a Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP), considerada uma ameaça à saúde pública e à avicultura local.
Motivos para a declaração do estado de emergência
A determinação do governo estadual se baseia em um contexto nacional de risco sanitário elevado, especialmente após a confirmação de casos do vírus em aves silvestres e, mais recentemente, em um estabelecimento avícola comercial localizado no Rio Grande do Sul. O secretário da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), Fábio Abreu, destacou que, até o presente momento, não foram registrados casos da doença em Piauí, mas a situação nos estados vizinhos intensificou a necessidade de precaução.
Ações de vigilância e monitoramento
Com a nova declaração, o governo piauiense está comprometido a intensificar o monitoramento e a vigilância ativa e passiva do setor avícola. O objetivo principal é prevenir a entrada e a disseminação do vírus em criações comerciais e de subsistência, assegurando a saúde pública e a integridade da avicultura local. O decreto também autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais pertinentes para colaborar nas ações de prevenção, respeitando as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Cooperação entre setores
A atuação das autoridades estaduais envolverá colaboração ativa não só com os municípios, mas também com o setor privado. A Sada, através da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), já começou a reforçar suas ações de fiscalização e prevenção, seguindo rigorosamente os protocolos estabelecidos pelo governo federal. A criação de normas complementares para assegurar o cumprimento do decreto também está em discussão.
Impactos diretos na avicultura local
As ações intensificadas visam proteger a produção avícola do estado, que é uma fonte essencial de alimento e renda para muitos agricultores locais. Qualquer surtos de doenças como a Influenza Aviária podem ter consequências devastadoras, não apenas na saúde das aves, mas também na economia da região. “É fundamental que todos os agricultores e criadores de aves se mantenham informados e adotem as medidas de prevenção recomendadas”, alertou Fábio Abreu.
A importância da conscientização
Além das medidas administrativas, a conscientização da população sobre a Influenza Aviária e sua prevenção é crucial nesse momento. Medidas como a notificação de casos suspeitos e a adoção de boas práticas na criação das aves são fundamentais para minimizar os riscos. O governo está empenhado em realizar campanhas educativas que informarão os criadores sobre sinais clínicos da doença e as condutas que devem ser tomadas caso sejam identificados sintomas nas aves.
Próximos passos e vigilância contínua
O estado de emergência vigora até novembro de 2025 e, durante esse período, o governo do Piauí promete manter a vigilância e as ações de monitoramento em níveis elevados. O secretário da Sada comentou que a atuação conjunta entre os órgãos estaduais, as prefeituras e o setor privado é essencial para garantir que o vírus não encontre um espaço para se estabelecer no estado. “Estamos em alerta máximo e contamos com a colaboração de todos para manter a saúde pública em Piauí e proteger a avicultura”, finalizou.
Essa é uma oportunidade para refletirmos sobre a resiliência do setor agropecuário em momentos de crise e como a união entre os diversos atores pode fortalecer as ações de prevenção e controle de doenças que ameaçam a saúde dos rebanhos e, por consequência, a economia local.