A divulgação da prévia da inflação de maio (IPCA-15), prevista para esta terça-feira, deve registrar variação em torno de 0,44%. No mês de abril, a inflação avançou 0,43%, enquanto o acumulado em 12 meses chegou a 5,49%, segundo médias das expectativas de instituições financeiras.
Projeções de diferentes instituições para a inflação de maio
O Santander estima uma alta de 0,42%, considerando uma composição neutra na inflação. Já a SulAmérica Investimentos prevê aumento de 0,45%, com a inflação acumulada em 12 meses chegando a 5,49%, conforme a economista-chefe Natalie Victal. O Bradesco projeta aumento de 0,46%, puxado por preços administrados, especialmente energia elétrica e medicamentos.
Também há previsão de 0,44%, segundo a LCA Consultores e o Banco Daycoval. De acordo com o boletim do banco, a energia elétrica, influenciada pela bandeira tarifária amarela devido ao clima mais seco, e o núcleo da inflação, impactado por serviços e alimentação fora do domicílio, são os principais vetores de pressão. Apesar disso, a projeção de inflação anual permanece em 5,3%, com taxa Selic de 14,75%.
Fatores que influenciam a inflação de maio
Conforme o relatório do banco, setores como vestuário, móveis, higiene e automóveis novos apresentarão elevações de preços, ainda refletindo a troca de coleções de moda e ajustes de mercado. Para o economista Igor Cadilhac, do PicPay, a expectativa é de alta de 0,45%, o que elevaria o índice acumulado em 12 meses para 5,50%. Ele destaca que os preços administrados, como energia elétrica e medicamentos, responderão pela maior parte da variação.
Cadilhac também aponta uma desaceleração nos preços livres, especialmente nos alimentos consumidos em casa, beneficiados pela queda nos preços de produtos in natura e na passagem aérea. Apesar disso, o núcleo da inflação deve se manter próximo de 6%, considerando a média dos últimos três meses.
Impactos dos preços administrados e setor de bens industriais
Os principais fatores de pressão incluem o aumento nos custos de energia elétrica e os reajustes nos medicamentos, enquanto setores de bens industriais, como vestuário, móveis e automóveis, continuarão a influenciar a inflação, impulsionados por mudanças de coleções e de mercado.
Expectativas do mercado e cenário econômico
Segundo a Warren, a expectativa é de uma inflação de 0,43% para o mês, com o índice em 12 meses chegando a 5,48%. A consultoria projeta que a inflação do grupo de alimentos no domicílio cairá de 0,83% para 0,54%, enquanto a carne deverá sair de uma deflação de 0,08% para uma alta de 0,74%.
O Boletim Focus, por sua vez, mantém a previsão de inflação para o IPCA em 5,50% neste ano, após cinco semanas de projeções em queda. A expectativa para 2026 e 2027 também permaneceu estável, enquanto a estimativa para 2028 apresentou um aumento de 3,80% para 3,81%.
Segundo o portal O Globo, essa estabilidade reflete uma expectativa de controle na alta de preços, apesar das pressões setoriais específicas.