Brasil, 2 de junho de 2025
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Irmãos de Eduardo Bolsonaro defendem parlamentar após pedido da PGR

Irmãos de Eduardo Bolsonaro saem em defesa do deputado após solicitação de investigação pela PGR sobre sua atuação nos EUA.

Os irmãos do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciaram em sua defesa após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação contra o parlamentar. A solicitação fundamenta-se na conduta de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele estaria atuando em articulações políticas que, segundo a PGR, visam descredibilizar autoridades brasileiras, em especial membros do Supremo.

Tensões entre bolsonarismo e Judiciário

O pedido da PGR surge em um contexto de tensões crescentes entre o bolsonarismo e o Judiciário. Recentemente, o Secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, declarou publicamente que “há uma grande possibilidade” de que os Estados Unidos apliquem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Esta declaração foi interpretada como resultado de uma série de encontros e articulações lideradas por Eduardo Bolsonaro com figuras da direita americana, estabelecendo seu papel como um elo informal entre o bolsonarismo e o conservadorismo internacional.

Objetivo das articulações no exterior

De acordo com articuladores, as iniciativas do deputado visam desgastar a imagem do Supremo Tribunal Federal no exterior, focando em Alexandre de Moraes, que é relator dos inquéritos que investigam os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A ação da PGR, ao justificar o pedido de investigação, ressaltou declarações públicas recentes de Eduardo Bolsonaro que foram consideradas ofensivas em relação a instituições democráticas do Brasil, especialmente ao STF.

Reações da família Bolsonaro

Até o momento da publicação desta reportagem, Eduardo não havia se manifestado oficialmente sobre o caso. Contudo, seus irmãos, Flávio Bolsonaro (senador) e Carlos Bolsonaro (vereador), usaram suas redes sociais para criticar duramente o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e defender o irmão. Flávio Bolsonaro, em uma postagem no X (antigo Twitter), acusou Gonet de utilizar seu cargo para perseguir um parlamentar que estaria apenas buscando apoio internacional. “O procurador-geral da República usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional. (…) Eu já vi pessoas carregarem um caixão até a cova, mas nunca tinha visto ninguém se enterrar junto”, escreveu o senador.

Carlos Bolsonaro também se manifestou, afirmando que o irmão se tornou alvo de perseguição política a partir do momento em que suas denúncias começaram a ganhar repercussão no exterior. “A tentativa de criminalizar a atuação política do deputado federal licenciado mais bem votado da história, que exerce seu direito de expressão e articulação internacional, revela o preocupante avanço do autoritarismo no país. Hoje o alvo é ele. Amanhã, poderá ser qualquer cidadão que ouse questionar o que não desejam”, declarou o vereador.

Contexto atual e repercussões

A situação em torno de Eduardo Bolsonaro e a investigação da PGR destaca as divisões em curso no Brasil, particularmente entre o bolsonarismo e as instituições democráticas. As declarações de líderes da direita americana, como Marco Rubio, e as articulações de Eduardo nos EUA têm gerado discussões acaloradas sobre a legitimidade de seu comportamento e a possível influência externa em questões internas do Brasil.

O desenrolar desse caso pode ter sérias implicações não apenas para Eduardo Bolsonaro, mas também para a política nacional, à medida que a tensão entre o Executivo e o Judiciário se intensifica. A reação da opinião pública e de outros políticos será fundamental para determinar os próximos passos nesse embate que evidencia um ambiente político polarizado e carregado de incertezas.

Com a crescente inquietação dos setores do bolsonarismo em relação ao Judiciário, e a defesa ardente de seus familiares, a questão que paira no ar é como esse cenário se refletirá nas ações políticas futuras e no próprio fortalecimento das instituições democráticas no Brasil.

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