Brasil, 29 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Brasil e EUA discutem sanções a Alexandre de Moraes

Diplomatas brasileiros alertam sobre riscos de sanções dos EUA ao ministro do STF.

No último fim de semana, as autoridades do Brasil e dos Estados Unidos intensificaram o diálogo sobre as ameaças de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As mensagens diplomáticas enviadas por Brasília indicam que qualquer medida punitiva contra Moraes seria vista como um ‘desastre’ nas relações bilaterais entre os dois países.

Ameaças de Sanções e a Reação Brasileira

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, levantou a possibilidade de sanções em uma audiência no Congresso na última quinta-feira, sendo esta a primeira declaração clara de um membro do governo americano sobre o assunto. Essa fala gerou uma reação imediata no Palácio do Planalto, onde a expectativa era de uma resposta contundente, considerando a situação uma afronta à soberania nacional. No entanto, o Itamaraty optou por uma postura mais moderada, concluindo que uma reação poderia agravar a situação.

Fontes do governo relataram que as conversas tiveram um ‘filtro’, sugerindo que o Itamaraty decidiu adotar uma abordagem diplomática em vez de uma retórica mais agressiva. O objetivo é evitar que a tensão aumente, especialmente em um momento em que a relação entre os dois países já se encontra fragilizada.

A Influência de Eduardo Bolsonaro

Uma das razões para que o governo brasileiro tenha optado pelo diálogo é evitar alimentar a oposição de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-deputado federal, que se encontra atualmente nos Estados Unidos, alega ser perseguido pelo ministro do STF e é conhecido por sua postura crítica ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O receio é que um tom mais elevado nas comunicações oficiais intensificasse a situação, dando ainda mais destaque à oposição já ativa.

Interesses da Tecnologia e Obras do STF

Outro fator a ser considerado é a avaliação na área diplomática de que, por trás das ameaças de sanções, existem interesses de grandes plataformas da internet, que têm colaboradores reguladores junto ao STF. O ministro Alexandre de Moraes tem se mostrado firme em sua intenção de regularizar o setor, e ações judiciais contra ele foram movidas por duas grandes techs na Justiça da Flórida, que são vistas como influentes na questão.

Negociações Comerciais em Andamento

Além da situação envolvendo o STF, Brasil e EUA estão em negociações desde março deste ano para garantir que as novas tarifas impostas por Donald Trump não afetem negativamente as exportações brasileiras. O presidente americano anunciou uma sobretaxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, além de uma tarifa de 10% aplicada a bens embarcados para os Estados Unidos. A resposta do Brasil a essas medidas foi um tema central nas conversas diplomáticas, evidenciando uma vontade mútua de preservar as trocas comerciais entre as nações.

A dinâmica entre Brasil e EUA é marcada não apenas por divergências políticas, mas também por interesses econômicos que exigem uma atenção cuidadosa dos diplomatas. O futuro dessas interações ainda parece incerto, mas o governo brasileiro se esforça para manter o diálogo aberto, evitando um conflito que poderia prejudicar ambas as partes.

Por fim, a situação envolvendo Alexandre de Moraes e as intenções dos Estados Unidos revelam um cenário complicado, no qual a diplomacia se torna essencial para evitar que mal-entendidos se transformem em conflitos maiores. Assim, o próximo passo do Itamaraty será crucial para determinar os rumos das relações entre Brasil e EUA.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes