O Brasil registrou um déficit de US$ 1,3 bilhão em transações correntes em abril de 2025, conforme divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira. No mesmo mês de 2024, o saldo negativo havia sido de US$ 1,7 bilhão, indicando uma melhora na balança de pagamentos.
Desempenho das contas externas até abril de 2025
Somando os últimos doze meses até abril, as contas externas do país acumulam um déficit de US$ 68,5 bilhões, o equivalente a 3,22% do Produto Interno Bruto (PIB). Esses dados refletem o resultado das três principais componentes das transações correntes: balança comercial, balança de serviços e renda primária.
Componentes das transações correntes
- A balança comercial de bens, que mede a diferença entre exportações e importações, registrou um superávit de US$ 7,4 bilhões em abril, mesmo valor de abril de 2024.
- A balança de serviços, incluindo gastos de brasileiros no exterior e compras de importação de serviços como turismo, aumentou 1,5%, atingindo US$ 23,2 bilhões em importações.
- A renda primária, que engloba remessas de lucros, juros e dividendos de empresas multinacionais e brasileiras, também impacta o saldo da conta externa.
Segundo o relatório “Estatísticas do setor externo” do Banco Central, o país recebeu um volume maior de investimentos estrangeiros, com um fluxo de US$ 5,5 bilhões em investimento direto no país em abril, um incremento em relação aos US$ 3,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Além disso, as reservas internacionais brasileiras subiram para US$ 340 bilhões, indicando uma sólida proteção contra crises externas.
Saldo da balança comercial e investimento estrangeiro
Os dados revelam que o Brasil conseguiu manter um superávit na balança comercial de bens, com US$ 7,4 bilhões, embora tenha registrado uma redução em relação ao superávit de US$ 7,8 bilhões de abril de 2024. As exportações de bens permanecem no mesmo patamar de US$ 30,6 bilhões, enquanto as importações subiram 1,5%, totalizando US$ 23,2 bilhões.
Projeções e perspectivas
O aumento das reservas internacionais para US$ 340 bilhões é considerado um ponto positivo, garantindo maior estabilidade econômica ao país. Em relação às contas externas, a melhora nos investimentos estrangeiros e o controle das importações contribuem para o equilíbrio das transações nos próximos meses.
Especialistas destacam que a administração das contas externas é fundamental para a saúde econômica do Brasil, sobretudo em um cenário de incertezas globais. Expectativas de entrada de investimentos e manutenção do superávit na balança de bens são pontos de atenção para o período seguinte.
Para mais detalhes, confira o relatório completo no site do Banco Central.