A Caixa Econômica Federal inicia nesta segunda-feira (26) um novo lote de pagamentos referentes ao dinheiro esquecido no antigo fundo PIS/Pasep. Os valores destinados aos beneficiários que solicitaram o ressarcimento até 30 de abril estarão disponíveis nesta etapa, contribuindo para a renda de milhões de brasileiros.
Saques do fundo PIS/Pasep: quem tem direito?
O antigo fundo PIS/Pasep foi criado para aumentar a renda de trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos entre 1971 e 1988. Os recursos não sacados, por motivos diversos, foram transferidos em 2020 para o FGTS e, posteriormente, em 2023, para uma conta única do Tesouro Nacional. Desde então, é possível solicitar o resgate dos valores por meio de canais oficiais.
Como consultar se tenho dinheiro esquecido
Para verificar se há valores disponíveis, o trabalhador pode acessar o site Repis Cidadão ou usar o aplicativo do FGTS. É necessário fazer login com CPF e senha, autorizar o acesso e informar o NIS, que é o Número de Identificação Social, também utilizado para programas sociais e que pode ser consultado em documentos como o Cartão Cidadão ou pelo site do INSS.
Como solicitar o resgate
O procedimento pode ser feito em uma agência da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do FGTS, onde o interessado deve fazer o login, selecionar a opção “ressarcimento PIS/Pasep” e seguir as orientações para anexar os documentos necessários. Beneficiários com dependentes devem apresentar certidões ou declarações que comprovem a relação familiar e o direito ao saque.
Quando e como receber
Após a solicitação, a Caixa analisará o pedido e enviará as informações ao Ministério da Fazenda. O pagamento será realizado na conta bancária do beneficiário na Caixa ou via conta poupança social digital, conforme calendário de pagamento divulgado pelo governo. Vale lembrar que, se o ressarcimento não for solicitado até setembro de 2028, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional sem possibilidade de saque.
Entenda o antigo fundo PIS/Pasep
O Fundo PIS-Pasep foi criado na década de 1970 para beneficiar trabalhadores do setor privado e servidores públicos. As cotas não sacadas foram transferidas ao longo dos anos, mas o direito ao resgate permanece até 2028. Após esse prazo, os recursos serão definitivamente incorporados ao Tesouro, sem possibilidade de saque pelos beneficiários. Atualmente, o abono salarial, que funciona como um 14º salário, é pago anualmente a quem atende aos requisitos do programa.
Perspectivas futuras
Segundo o Ministério da Fazenda, mais de 10 milhões de brasileiros têm cerca de R$ 26,3 bilhões esquecidos no fundo. O saldo médio por pessoa é de aproximadamente R$ 2.800, mas esse valor varia conforme o tempo de trabalho e salário recebido na época. A iniciativa visa garantir o direito de beneficiários e estimular o fortalecimento da economia doméstica.
Para mais informações, consulte o site do G1.