Brasil, 25 de maio de 2025
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Futebol de Roraima: desafios e mudanças no estadual Canarinho

O Campeonato Roraimense destaca-se por suas peculiaridades, como a realização em um único estádio e liga única.

O Campeonato Roraimense, conhecido como o “menor Estadual do Brasil”, tem suas características bastante singulares e, ao longo da sua história, reflete a essência do futebol roraimense: um cenário de desafios e inovações. Neste sábado, o famoso Estádio Canarinho, que abriga todos os jogos da competição, alcançou o marco de 30 partidas na temporada 2025. O campeonato é gerido pela Federação Roraimense de Futebol e mostras suas complexidades e sua evolução, especialmente com a ascensão de Samir Xaud, candidato único à presidência da CBF.

Um campeonato em um único palco: o Canarinho

Com capacidade para apenas 4.500 pessoas, o Estádio Canarinho é o único palco do Campeonato Roraimense. A singularidade do torneio se reflete no fato de que todos os clubes do estado, apenas dez no total, jogam em um único local, sem divisões. O campeonato, carinhosamente chamado pela própria federação de “menor Estadual do Brasil”, realmente apresenta seu aspecto literal: atualmente não existe uma segunda divisão. A cada ano, o número de equipes disputantes pode variar, dependendo dos orçamentos disponíveis para a montagem dos times. Em anos passados, como 2016, apenas quatro times participaram, enquanto em 2024 foram nove. Em 2025, foi organizada uma edição que simbolizou os 30 anos da profissionalização do esporte no estado e contou com oito times.

Inovações e superações no futebol roraimense

O campeonato de 2025 não só destaca a importância do Canarinho, mas também a resiliência dos clubes roraimenses. Entre os principais times estão o São Raimundo, Grêmio Atlético Sampaio (GAS) e Monte Roraima. Este último, uma novidade, é a primeira Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do estado, e em seu primeiro ano já conquistou uma vaga na Copa do Brasil 2026. A WALFA (Waldir Alves Futebol Association), que gere o clube, possui uma estrutura destacável em relação aos outros times e um centro de treinamento próprio, a Toca do Tamanduá.

O São Raimundo, o clube mais tradicional de Roraima, fez história ao se tornar o primeiro do estado a chegar à semifinal da Copa Verde, depois de eliminar categorias como a Série B do Brasileiro. Por outro lado, o atual bicampeão roraimense, o GAS, apresenta uma grande competitividade, evidenciando que, apesar das limitações estruturais, é possível se destacar no cenário nacional. Todos os clubes enfrentam desafios na formação de elencos, que geralmente reúnem jogadores de Roraima e estados vizinhos, e muitos ainda dependem de apoio financeiro através de cotas de transmissão e patrocínios.

A influência política no futebol roraimense

Um aspecto notável do campeonato atual é a presença da deputada federal Helena Lima como patrocinadora de clubes. A sua imagem está estampada em camisetas do GAS e do Atlético Roraima, o que levanta discussões sobre a legalidade e a ética do patrocínio. A deputada afirma que seu papel é mais simbólico — um reconhecimento por seu apoio ao esporte local. Entretanto, especialistas em direito eleitoral alertam que esse tema pode caracterizar um abuso de poder econômico, visto que a legislação proíbe o uso de recursos de campanha em períodos eleitorais. É um dilema que coloca em xeque o papel dos atletas e dos clubes no cenário político de Roraima.

Em meio a isso, surge a figura de Samir Xaud, que vem ganhando reconhecimento por sua atuação frente à federação. Ele é filho do presidente da entidade, Zeca Xaud, cujos 50 anos de carreira moldaram a base do esporte em Roraima. Sob sua gestão, o campeonato passou a ser transmitido na televisão e em plataformas digitais, além de contar com melhorias significativas em sua organização, incluindo a implementação do VAR em jogos decisivos.

Expectativas futuras para o futebol roraimense

A temporada de 2025 promete ser um divisor de águas para o futebol de Roraima. As promessas de evolução e renovação nas gestões e nos patrocínios buscam alavancar o esporte, não só para um futuro promissor, mas também para estabelecer e consolidar o futebol roraimense em um espaço que sempre foi à margem dos holofotes. A produção de jogadores locais e a formação de parcerias mais robustas entre clubes e patrocinadores são indispensáveis para garantir que a nova geração de atletas tenha apoio e oportunidades no cenário esportivo brasileiro.

Portanto, com as novas propostas e as decisões que estão por vir, o Campeonato Roraimense e o futebol do estado têm a chance de se revitalizar e se destacar, não apenas dentro do Brasil, mas também fora dele, mostrando que mesmo o “menor Estadual” pode apresentar grandes histórias de superação e paixão pelo esporte.

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