Brasil, 25 de maio de 2025
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Justiça determina que IBGE forneça dados sobre crianças sem registro

Justiça Federal condena IBGE a revelar informações sobre 48 crianças sem registro de nascimento em Mogi das Cruzes.

Em uma decisão histórica, a Justiça Federal de Mogi das Cruzes determinou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informe ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre 48 crianças de até 5 anos que vivem na cidade e não possuem registro civil. A ação, que teve origem em uma reportagem do g1, destaca a importância do registro de nascimento como um direito fundamental das crianças.

A importância do registro de nascimento

O registro de nascimento é essencial para garantir acesso a diversos direitos sociais e serviços básicos, como saúde, educação e assistência social. Entretanto, dados do Censo 2022 revelaram que, em Mogi das Cruzes, 48 crianças estão sem esse registro, evidenciando uma situação de vulnerabilidade legal e social. A juíza federal substituta Gabriella Vilela enfatizou que a falta do registro impede que essas crianças usufruam de direitos garantidos pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Decisão judicial e informações confidenciais

A sentença, divulgada no dia 20 de agosto, abre um precedente importante, pois exige que o IBGE forneça informações detalhadas sobre as crianças em questão, incluindo dados sobre seus genitores e locais de residência. Apesar de a legislação permitir que informações coletadas pelo IBGE permaneçam sigilosas, a juíza argumentou que a proteção dos direitos das crianças em situação de vulnerabilidade se sobrepõe a essa confidencialidade.

O MPSP buscou essas informações para verificar se houve violações de direitos por parte dos responsáveis legais ou se os cartórios impuseram dificuldades para realizar os registros. O IBGE, por sua vez, havia se recusado a fornecer os dados, alegando que eles eram confidenciais. Essa recusa foi contestada pela juíza, que reforçou a necessidade de transparência em casos que envolvem a proteção das crianças.

Como funciona o registro de nascimento

O registro de nascimento deve ser realizado dentro de um prazo de 15 dias após o nascimento da criança. Para efetuar o registro, os pais precisam apresentar documentos como RG e CPF, além da certidão de nascimento ou de casamento, dependendo da situação do casal. Em casos onde os pais são casados, apenas a certidão de casamento é necessária, enquanto para casais não unidos legalmente, ambos devem comparecer ao cartório.

Se o registro não for feito dentro do prazo legal, não há multa, e os pais podem se dirigir ao cartório da circunscrição de sua residência, acompanhados de duas testemunhas e da documentação necessária, para efetuar o registro. É essencial entender que, sem o registro, as crianças ficam privadas de acesso a direitos fundamentais.

Próximos passos e o papel do MPSP

Após a decisão, o MPSP aguarda as informações solicitadas ao IBGE e planeja acompanhar de perto a situação das 48 crianças. A expectativa é que, com a divulgação dos dados, seja possível tomar medidas eficazes para assegurar os direitos dessas crianças e responsabilizar eventuais responsáveis por omissões ou dificultadores do registro civil.

A protection of children’s rights and the support of their needs must worry society as a whole. Initiatives like this not only foster legal recognition but also emphasize the ongoing need for public policies aimed at ensuring that all children can access their fundamental rights.

O caso de Mogi das Cruzes serve como alerta sobre a realidade de muitas crianças em situações semelhantes em todo o Brasil. É fundamental que a sociedade se mobilize para garantir que todas as crianças sejam registradas e tenham acesso a todos os direitos que a legislação assegura.

Para mais informações sobre a importância do registro civil e como contribuir para a proteção dos direitos infantis, você pode consultar o site do MPSP ou buscar entidades especializadas em direitos da criança.

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