Brasil, 24 de maio de 2025
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Ronnie Lessa se alimenta apenas de pão na prisão após denúncias

Ex-policial reclama de laxantes na comida e vive em 'solitária' na P1 de Tremembé

Ronnie Lessa, ex-policial militar e condenado pelo brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, tem feito headlines novamente ao se recusar a consumir qualquer alimento na Penitenciária 1 (P1) de Tremembé, em São Paulo. A alegação? Supostos laxantes estariam sendo adicionados à sua comida, levando-o a optar por uma dieta restrita de pão.

O que motivou a recusa alimentar?

O caso, revelado pelo portal Metrópoles, aponta que desde que foi transferido para a unidade ano passado, Lessa tem enfrentado problemas com a alimentação. Ele comunicou a familiares e advogados sobre sua decisão: “Enquanto a situação persistir, continuarei a me alimentar apenas de pão”, afirmou. Essa postura é considerada pelos agentes penitenciários como uma forma de “birra” diante do que o ex-policial acredita ser uma afronta à sua saúde.

Lessa, que desde junho cumpre pena de 78 anos e 9 meses, já havia enfrentado desafios no sistema penitenciário antes. Após deixar a Penitenciária Federal de Mato Grosso, onde firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, ele se deparou com uma nova realidade nas celas de Tremembé.

Uma vida isolada na P1

Além das questões alimentares, Lessa tem revelado que vive em condições que considera severas. O ex-policial relatou estar em uma espécie de “solitária”, sem acesso ao convívio com outros detentos e sem poder usufruir de banho de sol, o que tem contribuído para uma sensação de isolamento crescente. No entanto, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) contestou essa afirmação, alegando que Lessa tem sim acesso à área de banho de sol, mas em um pátio reservado.

Os relatos de Lessa reascendem o debate sobre as condições do sistema prisional brasileiro, especialmente em unidades conhecidas por abrigar membros de facções criminosas, como a P1. Essa situação levanta questões sobre o tratamento recebido por detentos considerados de alta periculosidade em comparação com prisioneiros de outras categorias.

As alegações de Lessa e suas implicações

As alegações de Ronnie Lessa geraram a instauração de um procedimento investigativo pela Penitenciária de Tremembé para apurar a veracidade das denúncias sobre laxantes na comida. A situação também destaca as tensões internas que estão presentes no sistema carcerário, especialmente considerando os perigos associados à sua figura e o contexto de sua condenação.

As ameaças provenientes de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) também pesam sobre o ex-policial. Apesar desses desafios, Lessa expressou a expectativa de ser transferido para outros pavilhões onde as condições não sejam tão rigorosas, semelhantes às de um “detento comum”. Ele também vem questionando os termos de sua delação, alegando que não têm sido vantajosos para sua situação atual.

A repercussão do caso Marielle Franco

O assassinato de Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, chocou o país e se tornou símbolo de luta contra a violência e a impunidade. A parlamentar, na época, retornava de um evento quando foi abordada do lado de fora do veículo, recebendo 13 disparos. A brutalidade do crime, que também vitimou Anderson Gomes, gerou uma mobilização nacional por justiça e por respostas sobre a verdadeira motivação por trás do assassinato.

Após a delação de Lessa, ele apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime e o delegado Rivaldo Barbosa como seu mentor. Enquanto isso, o processo segue em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Conclusão: O futuro de Ronnie Lessa

O futuro de Ronnie Lessa na penitenciária ainda é incerto, especialmente com as recentes revelações sobre sua alimentação e suas condições de detenção. As consequências de suas ações, as alegações de laxantes e a possibilidade de melhorias nas suas condições de detenção permanecem em evidência, seguindo a atenção da sociedade e da mídia. O acompanhamento desse caso é crucial para entender não apenas a trajetória de um dos homens mais polêmicos do Brasil, mas também as questões estruturais do sistema penitenciário e as realidades que muitos detentos enfrentam diariamente.

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