Brasil, 24 de maio de 2025
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Médico baiano é denunciado por assédio em posto de combustíveis

Denúncia de importunação sexual contra ginecologista foi feita após toque em mulher em Fortaleza; caso gera revolta e reflexão.

No último mês de abril, um caso de importunação sexual envolvendo um médico ginecologista e cirurgião bariátrico ganhou notoriedade em Fortaleza, após se tornar um relato impactante de violência contra a mulher. O incidente ocorreu em um posto de combustíveis no bairro Joaquim Távora, onde o médico Marcus Almeida Correia Lima, de 48 anos, foi filmado por câmeras de segurança apalpando as nádegas de uma mulher de 35 anos que estava acompanhada de sua família.

O que aconteceu no posto de combustíveis

O assédio ocorreu em 18 de maio de 2024, quando a vítima relatou que estava saindo de uma loja de conveniência e, ao cruzar com o médico, sofreu um toque contra sua vontade. “Eu cruzei a porta e a gente se encontrou, no sentido oposto, eu saindo e ele entrando. Eu senti um toque na minha nádega e aí eu já levei um susto na hora”, explicou. A mulher, visivelmente abalada, contou que o pânico e a confusão a levaram a voltar rapidamente para o carro, sem saber como reagir diante da situação.

A atuação do médico e repercussão do caso

Marcus Almeida Correia Lima, que provém da Bahia, estava em Fortaleza para participar de um congresso e, segundo os registros, não é a primeira vez que sua conduta é questionada. Além de atuar na medicina, ele faz parte da diretoria do Colégio Brasileiro de Cirurgiões da Bahia. Quando abordados pela imprensa, os representantes de Lima não se pronunciaram.

A vítima, por sua vez, destacou o impacto emocional que o episódio causou em sua vida. Desde o ocorrido, ela passou a ter crises de ansiedade e medo de sair à rua, associando pequenas interações sociais a possíveis novas situações de assédio. “Eu fiquei revivendo esse acontecimento durante muitos dias, tendo crises de ansiedade, com medo de andar na rua e alguém fazer de novo”, contou.

Dificuldades enfrentadas pelas vítimas

A coragem da mulher em denunciar o médico é um alerta sobre as dificuldades que muitas mulheres enfrentam ao considerar a possibilidade de se manifestar contra abusos. “A gente sente vergonha, culpa. Depois você pensa ‘foi só um toque, né, poderia ser coisa pior, eu não vou atrás disso não’”, refletiu, enfatizando o dilema emocional que muitas mulheres enfrentam após experiências similares.

Desdobramentos legais do caso

O caso está sob investigação na Delegacia da Defesa da Mulher em Fortaleza. Após a conclusão do inquérito, o processo foi encaminhado ao Poder Judiciário, que o retornou solicitando investigações complementares, reforçando a necessidade de um tratamento mais minucioso do assunto.

“Foi um toque, não foi, como as pessoas falam, a pior das violências, mas foi um toque não consentido”, ressaltou a vítima, afirmando que situações como essa não devem ser minimizadas ou ignoradas. Ela também lamentou a falta de controle emocional por parte dos indivíduos que perpetuam este tipo de violência, que causa traumas profundos nas mulheres afetadas.

Pode um evento simples gerar grandes mudanças?

Este caso não só expõe um ato de violência, mas também provoca uma reflexão acerca da necessidade de mudanças sociais e educativas no Brasil. As mulheres ainda enfrentam um contexto de insegurança em diversos espaços, e a impunidade muitas vezes alimenta a cultura do silêncio e da culpa.

É urgente que casos como este sejam tratados com a seriedade que merecem, não apenas pela vítima, mas por todas as mulheres que enfrentam situações de assédio e violência diariamente. A luta contra o assédio sexual é um desafio que exige conscientização e ações efetivas para garantir a segurança e o respeito das mulheres em todos os ambientes.

Este relato veio à tona em um momento em que o Brasil ainda se discute a cultura do assédio e a importância do empoderamento feminino. O caso de Marcus Almeida Correia Lima acende a chama da esperança de que as mulheres não precisarão mais viver com medo, e que seus relatos serão ouvidos e respeitados.

Com uma postura ativa em denunciar e combater essa problemática, espera-se que mais mulheres encontrem força para se manifestar, e assim, construir uma sociedade mais justa e segura para todos.

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