Brasil, 24 de maio de 2025
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Investimento estrangeiro nos EUA e Brasil: desafios e oportunidades

Apesar do maior estoque de IED dos EUA no Brasil, obstáculos como política e segurança afetam a atração de investimentos

Os Estados Unidos respondem por aproximadamente um terço do investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil, somando mais de US$ 300 bilhões em 2024, segundo Fabrizio Panzini, diretor da Amcham Brasil. No entanto, a relação de investimento entre os países enfrenta obstáculos relacionados à política americana e à percepção de riscos brasileiros.

Posição dos EUA no investimento estrangeiro no Brasil

Os EUA continuam sendo o maior investidor externo no Brasil, superando outros players globais, inclusive a China, que mantém forte parceria comercial. Ainda assim, o ambiente político e a percepção de insegurança no país podem influenciar a confiança dos investidores americanos.

Fatores que influenciam a entrada de investimentos americanos

Potencial e desafios citados por representantes internacionais

Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina, destacou em um jantar em Nova York que o Brasil possui enorme potencial, mas precisa enfrentar os obstáculos do país, sintetizados nas três Cs: câmbio, corrupção e crime. Segundo ele, esses fatores dificultam a atração de novos investimentos americanos.

Antonio Corrêa de Lacerda, economista da PUC-SP, defende que a fala reflete uma visão preconceituosa e desconhecimento da política cambial brasileira, considerada competitiva e alinhada às práticas internacionais.

Perfis e setores de investimento norte-americano

Dados da Amcham apontam que, nos últimos anos, os investidores americanos têm se concentrado no setor de tecnologia, especialmente data centers, além de manufatura, energia, bens de consumo duráveis e alta tecnologia. Os EUA continuam sendo o segundo maior país destino de lucros e dividendos do Brasil, com US$ 54,2 bilhões em 2024, atrás apenas dos Países Baixos.

Perspectivas e influência da política americana

Apesar de divergências políticas, a relação diplomática e comercial entre Brasil e EUA permanece sólida. Economistas, como Marcelo Toledo, destacam que a instabilidade gerada pela política de Donald Trump não deve prejudicar a relação econômica de forma definitiva, embora os investidores mantenham uma postura de cautela.

Estudos internacionais indicam que a credibilidade do Brasil em confiabilidade alcança o 21º lugar global. Além disso, a percepção de risco do país, mesmo com problemas internos e críticos relatórios como os da Transparência Internacional, não impede que grandes empresas americanas invistam em setores estratégicos, especialmente energia e infraestrutura.

Impactos atuais e futuros do investimento estrangeiro no Brasil

De acordo com o Banco Central, o Brasil atraiu US$ 70 bilhões em IED em 2024, posicionando-se como o segundo maior receptor na América Latina. Espera-se que setores como energia renovável, minerais críticos e tecnologia continuem a atrair capital dos EUA, mesmo diante de um cenário global de queda de IED de 8% no ano.

Especialistas afirmam que a diversificação dos destinos do IED americano, com maior foco em setores de alta tecnologia e serviços, é um reflexo do perfil de risco mais conservador e da busca por mercados com potencial de longo prazo. A relação Brasil-EUA, apesar das diferenças políticas, ainda representa uma oportunidade promissora de fortalecimento econômico bilateral.

Para saber mais, acesse a fonte original.

Tags: Investimento estrangeiro, EUA no Brasil, IED, relações bilaterais, economia brasileira

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