Brasil, 24 de maio de 2025
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Brasil deve superar EUA na produção de carne bovina em 2026

O país caminha para se tornar o maior produtor e exportador de carne bovina do mundo, mesmo com tarifas e tensões comerciais.

O Brasil ocupa uma posição estratégica no fornecimento de proteína animal globalmente e tem previsão de ultrapassar os EUA na produção de carne bovina em 2026. Apesar da sobretaxa de 10% imposta pelos Estados Unidos, as exportações brasileiras de carne magra para o país continuam em crescimento, impulsionadas por fatores comerciais e ambientais.

Expansão das exportações e destaques do mercado de carne bovina

No último mês, as vendas brasileiras de carne magra para os EUA atingiram 47,8 mil toneladas, representando um aumento de 13,6% em relação a março e quase quintuplicando o volume de abril do ano passado. “A guerra comercial não afetou o setor de forma negativa; pelo contrário, pode ter tido efeito positivo”, observa Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), repassados pela entidade, mostram que houve um aumento de 15,3% no volume das exportações em relação a abril de 2024, com receita 27,6% maior. Segundo Perosa, os EUA se consolidaram como o segundo maior destino das carnes brasileiras, atrás apenas da China, após terem ultrapassado os Emirados Árabes.

Fatores que impulsionam as exportações brasileiras de carne bovina

A produção dos EUA, focada em cortes especiais, vem em declínio desde 2022, chegando ao menor rebanho dos últimos 80 anos. A seca prolongada em estados como Kansas obriga os pecuaristas a extrair água de lençóis freáticos, o que contribui para a alta no preço da carne no país. Assim, mesmo com a sobretaxa de 10% sobre as importações, a carne brasileira mantém preços atrativos para os importadores americanos.

Thiago Bernardino, coordenador de Pecuária do Cepea/Esalq/USP, destaca que os consumidores americanos pagam cerca de US$ 4,94 pelo quilo da carne bovina, valor 5 a 6 vezes superior ao praticado no Brasil. A expectativa é de que, mesmo com a alta tarifária, a importação de carne magra brasileira continue crescendo nos EUA.

Perspectivas para o mercado de carne no cenário mundial

Com a redução do rebanho americano, o Brasil desponta como referência na produção eficiente de carne, apoiada em avanços tecnológicos e uso de material genético de ponta. Especialistas avaliam que a combinação de fatores, incluindo a crise agrícola nos EUA, deve acelerar a diversificação dos mercados de exportação brasileiras, além de fortalecer a posição do país na cadeia global.

Maurício Palma Nogueira, da Athenagro Consultoria, considera 2024 um ano recorde, com destaque para os cortes nobres e para a liderança no mercado de frango, com 60% do mercado mundial, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo análises, o Brasil segue em trajetória ascendente na produção e exportação de carne, consolidando sua posição de liderança mundial até 2026 e potencialmente desbancando os EUA da posição de maior produtor.

Para mais detalhes, acesse o artigo completo no Fonte original.

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