Augusto Melo, presidente do Corinthians, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (23) na Neo Química Arena, um dia após ser indiciado pela Polícia Civil por crimes relacionados ao “caso Vai de Bet”, incluindo furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Durante a coletiva, Melo expressou sua indignação e tranquilidade, reforçando sua inocência diante das acusações.
O indiciamento e a coletiva
A coletiva foi aberta por Augusto Melo, que destacou: “Estou tranquilo, sou inocente, estou indignado com essa situação”. O dirigente passou a palavra para seu advogado, Ricardo Cury, que detalhou os pontos que consideravam problemáticos sobre a condução da investigação. Cury ressaltou que o indiciamento é uma fase do processo e não deve ser confundido com condenação.
“O indiciamento não significa condenação de ninguém. A defesa não tem o direito de fazer o contraditório durante o inquérito. O que temos são vazamentos que afetam a reputação do Augusto”, afirmou Cury. Durante sua fala, apresentou a opinião de que não existem provas que conectem Melo aos crimes investigados e criticou as alegações do delegado que coordenou o caso, afirmando que as conclusões foram tiradas sem indícios concretos.
O “caso Vai de Bet”
O contexto em que Augusto Melo está envolvido diz respeito ao “caso Vai de Bet”. Além dele, outros três nomes foram indiciados: ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e Alex Cassundé, que atuou como intermediário no contrato entre o Corinthians e a empresa de apostas.
A investigação surgiu a partir de suspeitas relacionadas a irregularidades financeiras, e a pressão sobre Melo aumentou após a conclusão do inquérito. Agora, cabe ao Ministério Público determinar se uma denúncia formal será apresentada à Justiça. O promotor Juliano Atoji é o responsável pelo caso e deve analisar as evidências antes de decidir sobre as próximas etapas.
Respostas às perguntas da imprensa
Durante as perguntas da imprensa, Augusto Melo foi questionado sobre possíveis renúncias ao cargo. “Não passa pela minha cabeça, em hipótese alguma, renunciar”, disse. Ele reafirmou sua disposição para colaborar com a Justiça e declarou que “confia plenamente na investigação”, afirmando que não tinha nenhum envolvimento com a empresa mencionada.
Melo também mencionou a pressão interna por poder dentro do clube, afirmando que muitos não se preocupam com o Corinthians em si, mas sim com posições de poder. Segundo ele, as alegações contra sua pessoa são parte de uma disputa de caráter político dentro do clube.
A relação com Alex Cassundé
Questionado sobre sua relação com Alex Cassundé, Melo explicou que o conheceu por meio da necessidade de organizar um evento com influenciadores digitais. Ele afirmou que sua participação no contrato foi formal e seguiu todos os processos legais necessários. “Minha assinatura é a sexta, sétima. Quando todos assinaram, eu assinei. Isso é feito da mesma forma com todos. Quem autoriza é o jurídico”, contou Melo.
Próximos passos no caso
Com a situação se desenrolando, a decisão do Ministério Público sobre a apresentação de uma denúncia formal será crucial para definir o futuro de Melo e os outros indiciados. Caso o tribunal aceite a denúncia, os envolvidos enfrentarão um processo criminal, o que poderá ter repercussões significativas não apenas para suas vidas pessoais, mas também para o Corinthians, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro.
A coletiva de imprensa e as declarações de Augusto Melo refletiram um momento de tensão para o clube e seus torcedores, além de sublinhar a importância de transparência nas investigações. Com a contínua evolução dos eventos, a expectativa é que novas informações surjam nos próximos dias.
Para mais detalhes sobre o caso e atualizações, acompanhamento na [nossa página](https://esporte.ig.com.br/futebol/2025-05-23/esporte.ig.com.br).
