Brasil, 23 de maio de 2025
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CVM abre processo contra empresas da marca Zero Markets

A Comissão de Valores Mobiliários investiga a oferta irregular de valores mobiliários por empresas ligadas à Zero Markets.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu início a um processo sancionador contra empresas relacionadas à marca Zero Markets. A acusação gira em torno da oferta e distribuição irregular de valores mobiliários, o que pode implicar em sérias consequências para os envolvidos. Este movimento da CVM tem como objetivo proteger os investidores brasileiros e garantir que normas e regulamentações sejam respeitadas no mercado financeiro.

O contexto da investigação

O processo foi instaurado exatamente seis meses após a CVM emitir uma stop order, na qual determinava que a Zero Markets interrompesse imediatamente “qualquer oferta pública, de forma direta ou indireta, a investidores residentes no Brasil de oportunidades de investimento em valores mobiliários.” A abertura do processo sancionador sugere que a empresa não cumpriu a ordem de maneira satisfatória, levantando sérias preocupações quanto às suas operações.

Práticas irregulares e seus riscos

A corretora sob investigação mantém um site dedicado, em português brasileiro, onde atrai clientes com promessas de sucesso no mercado financeiro. A mensagem clara é: “Opere com uma corretora dedicada ao seu sucesso. Abra uma conta de investimento na ZERO Markets hoje e junte-se a mais de um milhão de pessoas negociando globalmente em uma plataforma fácil de usar.” Entretanto, os investimentos oferecidos incluem “Ações Americanas, Fundos Internacionais, ETFs, Títulos de Renda Fixa e muito mais”, o que levanta questões sobre a legalidade e a segurança dessas ofertas.

Advertências visíveis no site

Contrariamente à abordagem persuasiva em seu conteúdo, o próprio site da Zero Markets fornece uma advertência em letras miúdas, informando que “nenhuma empresa do Grupo Zero Markets é autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen) a atuar na intermediação e/ou distribuição de valores mobiliários a investidores residentes, domiciliados ou constituídos no Brasil.” Essa discrepância tem gerado desconfiança entre os potenciais investidores.

Parcerias questionáveis

Além disso, o Zero Markets alega ter uma “parceria operacional” com a corretora de câmbio brasileira Levycam e afirma que registrou uma empresa junto à CVM para prestação de serviços de análise e consultoria de valores mobiliários. Contudo, investigações da coluna revelaram a ausência de qualquer registro dessa natureza no banco de dados da CVM, levantando ainda mais suspeitas sobre a legitimidade das operações da Zero Markets.

Quem são os réus do processo?

No cerne do processo, figuram como réus as empresas Zero Financial LTD, Zero Markets LLC e Zero Securities PTY LTD, além do indivíduo Rafael Augusto da Silva. Até o momento, a coluna não conseguiu estabelecer contato com os acusados para obter mais esclarecimentos sobre as acusações e suas posições diante da investigação.

Com a crescente digitalização das ofertas financeiras, a CVM tem se aprofundado na supervisão de plataformas que atuam no Brasil, especialmente aquelas que visam atrair investidores com ofertas tentadoras, mas potencialmente arriscadas. O processo contra a marca Zero Markets se destaca como um alerta aos investidores sobre a importância de se informar adequadamente antes de realizar investimentos, bem como a necessidade de operar com instituições devidamente regulamentadas.

As repercussões desse caso ainda estão por vir, e o mercado financeiro brasileiro observa atentamente o desenrolar das investigações. Para os investidores, este é um lembrete sobre a necessidade de cautela e diligência ao considerar onde alocar seus recursos. A Comissão de Valores Mobiliários continua a ser uma força regulatória vital, empenhando-se em proteger os interesses dos investidores e a integridade do mercado financeiro nacional.

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