Brasil, 23 de maio de 2025
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Governo revoga parte do decreto que aumentou o IOF

Medidas do governo Lula reformulam o Imposto sobre Operações Financeiras afetando mercado financeiro e investimentos.

O governo Lula tomou uma decisão importante nesta quinta-feira ao revogar parte do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa medida, segundo o Ministério da Fazenda, foi anunciada como parte das ações para cumprir as regras fiscais do país. Inicialmente, a arrecadação prevista com o aumento do IOF variava entre R$ 20 bilhões a R$ 40 bilhões até 2026, mas os novos ajustes podem mudar significativamente essas estimativas.

Revogação do IOF sobre remessas ao exterior

Um dos principais pontos revogados foi o que previa a cobrança do IOF em remessas de fundos de investimento para o exterior. O ministério havia proposto uniformizar a alíquota em 3,5% para todas as operações, incluindo essas remessas, que atualmente não tinham imposto. A decisão de retirar essa cobrança veio após diálogo e avaliação técnica entre os membros do governo.

Impacto no mercado financeiro

A medida original foi mal recebida pelo mercado, pois muitos fundos de investimento já haviam diversificado suas aplicações, optando por enviar recursos para o exterior. Essa estratégia é comum entre fundos multimercados que buscam retorno em mercados internacionais. A introdução de um imposto de 3,5% sobre essas remessas representaria um desincentivo considerável, podendo afastar investidores.

A Fazenda também ressaltou que, nas remessas destinadas a investimentos, a alíquota de 1,1% permanece sem alteração. “Este é um ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo os rumos sempre que necessário”, afirmou o órgão em nota oficial.

Processo de reavaliação do decreto

De acordo com um funcionário do governo, a revisão do decreto foi feita “item a item”. Para garantir essa reavaliação, o Palácio do Planalto convocou uma reunião de emergência na noite da quinta-feira. Participaram do encontro ministros de várias pastas, incluindo a Casa Civil, as Relações Institucionais e a Secretaria de Comunicação, além de técnicos jurídicos e da equipe econômica. Curiosamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não estava em Brasília no momento da reunião, já que costuma passar as sextas-feiras em São Paulo.

Expectativas futuras

Com a revogação de parte do aumento do IOF, a expectativa é de que o governo busque novas formas de expansão da arrecadação que não impactem diretamente em investimentos financeiros. O diálogo com o mercado e as avaliações constantes continuam a ser prioridades, uma vez que a recuperação econômica do Brasil depende, em grande parte, da confiança dos investidores.

Embora ainda exista incerteza sobre quanto será arrecadado com as novas regras fiscais, a revogação do IOF em remessas para o exterior representa uma tentativa de mitigar a insatisfação e os impactos negativos no mercado financeiro. Com ajustes contínuos e uma comunicação clara, o governo Lula parece determinado a encontrar um equilíbrio que favoreça o crescimento econômico sem desestimular investimentos tanto internos quanto externos.

Nos próximos dias, será crucial acompanhar como essas mudanças afetarão o mercado financeiro e a confiança dos investidores internacionais no Brasil. O cenário ainda é dinâmico e as análises continuarão a ser realizadas à medida que novas informações se tornem disponíveis.

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