Na última quinta-feira (22), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e as Loterias Caixa celebraram a renovação do contrato de patrocínio ao esporte paralímpico nacional, agora abrangendo o ciclo dos Jogos de Los Angeles 2028. O novo acordo, assinado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, tem um valor total de R$ 160 milhões, ou seja, R$ 40 milhões por ano, representando o maior patrocínio já firmado até o momento. Comparado ao contrato anterior, assinado em 2023 e vigente até o final de 2024, o novo valor é R$ 125 milhões a mais.
Novidades no contrato de patrocínio
Além do aumento significativo no valor, o novo contrato inclui cinco modalidades paralímpicas adicionais: canoagem, paraesgrima, taekwondo, tiro com arco e triatlo. Com isso, o total de modalidades apoiadas sobe para 18, sendo que as 13 já contempladas no patrocínio anterior incluem: atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, natação, tênis de mesa, tiro esportivo, triatlo, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado. Ademais, mais de 120 atletas receberão apoio individual, com os critérios estabelecidos pelo CPB.
“Estamos diante do maior patrocínio da história do esporte paralímpico brasileiro. Esta parceria histórica representa um compromisso com a transformação de vidas e com o fortalecimento de um projeto esportivo inclusivo, democrático e vencedor”, declarou José Antônio Freire, presidente do CPB.
O ato de assinatura do contrato contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a importância do investimento em atletas em formação, e não apenas naqueles que já conquistaram medalhas. “Os atletas só têm patrocínio quando eles ficam famosos. Quando eles são campeões do mundo. Quando eles ganham medalha de ouro, em qualquer esporte, aí aparece os bancos para financiar, para fazer propaganda”, afirmou em discurso. “Um país que não cuida dos seus atletas e do esporte é um país que não vai nunca ser competitivo”, complementou.
A importância do apoio à inclusão
As Loterias Caixa têm patrocinado o CPB desde 2003. O desempenho da delegação brasileira em eventos passados traz à tona o impacto deste apoio. Em Atenas 2004, o Brasil alcançou a 14ª posição no ranking de premiação, com 33 medalhas. Já em Londres 2012, o país subiu para a sétima posição com 43 pódios. A tendência positiva continuou no Rio 2016, onde o Brasil conquistou 72 medalhas e ficou na oitava colocação. Em Tóquio 2020, o Brasil retornou à sétima posição, com 72 pódios novamente.
A última campanha brasileira nos Jogos Paralímpicos em Paris, em 2024, é considerada a melhor da história, com o país conquistando 89 medalhas, totalizando 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.
“Nós que fazemos a Caixa acreditamos que o esporte paralímpico não molda apenas campeões, mas constrói um Brasil mais justo, mais inclusivo e, acima de tudo, mais humano. É obrigação da Caixa contribuir nessa jornada e ser porta-voz de uma política de governo que visa a inclusão da sociedade, diminuindo as diferenças sociais”, disse Carlos Antônio Vieira, presidente da Caixa.
Esse novo patrocínio e o seu caráter inclusivo sinalizam um avanço significativo não só no apoio ao esporte, mas também na promoção da igualdade de oportunidades no Brasil. As expectativas para os Jogos de Los Angeles 2028 cresceram, e o Brasil se prepara para brilhar ainda mais no palco internacional, reafirmando seu compromisso com o esporte paralímpico.
Com um suporte robusto e inclusivo, a trajetória dos atletas paralímpicos brasileiros parece promissora, trazendo esperança e inspiração para muitos que sonham com um futuro brilhante no esporte.