Brasil, 23 de maio de 2025
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Queda no consumo de café pelos brasileiros atinge 15,96%

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) aponta para uma significativa diminuição no consumo do café em 2025.

Em um cenário preocupante para apaixonados por café, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) fez uma divulgação nesta quarta-feira (22) que revela uma queda alarmante no consumo do produto pelos brasileiros. Entre os quadrimestres de 2024 e 2025, o país registrou uma diminuição de 5,13% na venda de sacas de café, uma tendência que causa apreensão no setor. As vendas caíram de 5.010.580 sacas para 4.753.766 sacas, refletindo uma mudança significativa nos hábitos de consumo.

Uma análise do consumo mês a mês

Os dados apresentados pela Abic mostram que abril foi o mês mais impactado, com uma redução drástica de 15,96% das vendas comparado ao mesmo mês do ano anterior. Essa queda alarmante não passou despercebida e levanta questões sobre o futuro do café no Brasil, que é um dos maiores produtores e consumidores do mundo.

Complementando os dados mensais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o preço do café teve um aumento expressivo de 80% entre abril de 2024 e abril de 2025. Este incremento significativo no preço é atribuído a uma série de fatores, incluindo eventos climáticos adversos, um aumento na demanda global e a crescente introdução da China no mercado de café.

Impactos do aumento de preços no consumo

A combinação do aumento nos preços e a percepção de que o café se tornou um produto mais caro levaram os consumidores a repensarem seu consumo. A própria Abic destacou esses fatores como cruciais ao apontar as razões para a queda nas vendas. À medida que o preço sobe, muitos consumidores podem buscar alternativas ou reduzir a frequência de consumo, o que é visível nas quedas mensais que começaram a surgir a partir de março, mês em que as vendas caíram 4,87%. Para fevereiro de 2025, o aumento foi modesto, apenas 0,89%, e janeiro mostrou um pequeno crescimento de 1,26% nas vendas.

Pontos a serem considerados para o futuro

No entanto, apesar da queda nos primeiros meses do ano, há uma necessidade de observar tendências a longo prazo. Importante lembrar que o mercado de café é vasto e complexo; ele envolve não apenas o consumo interno, que em larga medida é sustentado pelo varejo, representando entre 73% a 78% do consumo total do país, como também se relaciona com o cenário internacional, onde o Brasil desponta como um dos líderes.

As preocupações com a queda no consumo não se limitam apenas à economia; elas tocam também a cultura brasileira, onde o café é considerado mais do que uma bebida — uma verdadeira instituição. O impacto emocional e social do café apoiado por uma comunidade de aficionados não deve ser subestimado. Esse aspecto cultural pode, potencialmente, motivar novos movimentos para reverter essa tendência de queda, como eventos promocionais, novos lançamentos e conscientização sobre a importância do café na cultura nacional.

Conclusão sobre o cenário atual

Enquanto os dados de consumo de café refletem uma fase desafiadora, ele também aponta para uma necessidade de reflexão crítica por parte das indústrias e dos consumidores. A compreensão dos fatores que influenciam o preço e o consumo pode ser a chave para ações que ajudem a revitalizar o mercado. Espera-se que iniciativas sejam criadas, não só para educar o consumidor sobre a qualidade e a importância do café, mas também para contornar a nova realidade de preços e promover um mercado mais sustentável.

Para mais informações e atualizações sobre o consumo de café no Brasil, continue acompanhando as publicações da Abic e da Agência Brasil.

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