Brasil, 22 de maio de 2025
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Crescimento na ocupação da indústria da construção em 2023

A indústria da construção no Brasil apresentou crescimento na ocupação em 2023, apesar da redução no número de empresas.

A indústria da construção no Brasil registrou um crescimento significativo na ocupação entre 2022 e 2023, conforme dados divulgados na última quinta-feira (22/5) pela Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento no número de trabalhadores contrasta com a diminuição na quantidade de empresas ativas no setor.

Dados gerais da indústria da construção em 2023

Em 2023, o Brasil contava com 165,8 mil empresas de construção, que geravam cerca de 2,5 milhões de empregos. Embora esse número de empresas tenha apresentado uma diminuição de 5,1% em relação ao ano anterior, a quantidade de pessoal ocupado aumentou em 8,7%. Durante esse período, as empresas do setor desembolsaram R$ 89,6 bilhões em salários, evidenciando que as despesas com pessoal representaram o principal componente dos custos operacionais, atingindo 49% do total.

Apesar do crescimento na ocupação no último ano, a pesquisa revela uma queda de 14,7% na força de trabalho ao longo da última década, com uma perda substancial de 425,4 mil empregos.

O total gerado pela indústria da construção em incorporações, obras e serviços em 2023 alcançou R$ 484,2 bilhões, divididos em R$ 461,6 bilhões para obras e serviços, e R$ 22,6 bilhões provenientes de incorporações.

Perfil dos trabalhadores do setor

Dentro do universo de 2,5 milhões de funcionários, a distribuição dos trabalhadores no setor é a seguinte: 37,6% na construção de edifícios, 32,8% em serviços especializados para a construção e 29,6% em obras de infraestrutura. O IBGE aponta uma mudança significativa na distribuição de empregos entre esses segmentos ao longo da última década, com uma notável redução no número de empregos nas obras de infraestrutura.

Salários e características dos segmentos

A média de empregados na indústria da construção em 2023 foi de 15 pessoas por empresa, com um salário médio equivalente a 2,1 salários mínimos por mês. Vamos detalhar como os diferentes segmentos do setor se comportaram em termos de número de empregados e salários:

  • Obras de infraestrutura: Maior porte, com uma média de 46 funcionários e salários médios de 2,6 salários mínimos.
  • Serviços especializados para construção: Menor média de funcionários, com 10 por empresa e salários médios de 2 salários mínimos.
  • Construção de edifícios: Segmento que emprega o maior número de pessoas, com uma média de 14 trabalhadores por empresa, com salários em torno de 1,9 salário mínimo.

Desempenho dos segmentos da indústria da construção

Em termos financeiros, os três principais segmentos do setor apresentaram os seguintes resultados em 2023:

  • Construção de edifícios: R$ 192,5 bilhões;
  • Obras de infraestrutura: R$ 175,7 bilhões;
  • Serviços especializados para construção: R$ 116 bilhões.

No que diz respeito à participação do setor público na construção, houve um aumento de 1,2 ponto percentual em comparação com 2022, totalizando 31,6%. Contudo, na visão de uma década, a presença do setor público caiu de 33,9% em 2014 para 31,6% em 2023, especialmente em relação a obras de infraestrutura.

Produtos e segmentos da construção ao longo da última década

O setor apresentou diversos produtos e serviços, organizados em sete grupamentos. Ao longo dos últimos 10 anos, as obras residenciais mantiveram-se como o principal produto da construção, embora tenham se retraído para uma participação de 22,1% no total, uma queda de 6,2 pontos percentuais desde 2014.

Ranking dos produtos da construção em 2014 e 2023

Comparando a situação de 2014 com a de 2023, observa-se a seguinte evolução na participação dos produtos da construção:

  • — 2014
    1. Obras residenciais: 28,3%
    2. Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais: 19,8%
    3. Serviços especializados para construção: 15,1%
  • — 2023
    1. Obras residenciais: 22,1% (queda)
    2. Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais: 20,5% (alta)
    3. Serviços especializados para construção: 20,3% (alta)

Esses dados ressaltam a complexidade e as dinâmicas do setor da construção civil no Brasil, que, apesar de desafios, continua a desempenhar um papel crucial na geração de emprego e no desenvolvimento econômico do país.

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