Brasil, 22 de maio de 2025
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União Brasil critica gestão Lula e projeta futuro eleitoral

Antônio Rueda, presidente do União Brasil, expressa insatisfação com a gestão Lula e antecipa movimentos políticos para 2026.

No cenário político brasileiro, os ânimos estão acirrados. Antônio Rueda, presidente do União Brasil, um dos principais partidos da base do governo Lula, não hesita em apontar falhas na administração atual. Em entrevista ao GLOBO, ele declarou que a gestão se fechou em si mesma, refere-se a dificuldades em “fazer entregas” e menciona que o governo “se enfraquece dia a dia”. A fala de Rueda faz ecoar preocupações sobre o futuro político do país diante das próximas eleições de 2026.

A crítica ao governo e suas implicações

Rueda observou que a federação do União Brasil com o Partido Progressista (PP) deve se alinhar com um candidato de centro-direita em 2026. “A federação tem por objetivo um projeto de Brasil. Não estamos aqui para fazer oposição por simples oposição”, destacou. Ele sugere que a relação atual do partido com o governo é distinta da que existia com o governo Bolsonaro, onde os partidos ocupavam posições chave no Executivo. “Hoje, o governo entrega ministérios mais periféricos”, completou.

Enfraquecimento político

Questionado sobre se o governo está mais fraco no Congresso em comparação ao início do mandato, Rueda foi incisivo: “Sim, é fato que está enfraquecido. Logo no começo do mandato, o governo surfou politicamente na onda do 8 de Janeiro. Hoje, essa página é passado” e reforçou que a incapacidade de realizar entregas proporcionou esse enfraquecimento.

Perspectivas eleitorais em 2026

O dirigente do União Brasil também abordou as dinâmicas eleitorais futuras, mencionando que no campo da esquerda “só há um jogador, que é o Lula”, enquanto na centro-direita existem vários potenciais candidatos, como os governadores Ronaldo Caiado (GO), Tarcísio de Freitas (SP), Ratinho Jr (PR), Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS). Ele enfatizou que, em sua visão, a maioria dos nomes no União Brasil tende para um projeto de centro-direita, e que a federação é um “sistema vivo”, onde a decisão da maioria prevalecerá.

A relação com Bolsonaro

Um dos pontos centrais da conversação foi o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na política atual. Rueda afirmou que Bolsonaro continua sendo a maior força política da direita e que qualquer decisão importante precisará passar por ele. “Quanto ao nosso encontro com o Bolsonaro, foi uma visita de cortesia, um encontro de camaradas”, esclareceu, sem deixar de ressaltar a importância política que o sobrenome Bolsonaro ainda carrega.

Desafios e articulações no governo

O entrevistado também discorreu sobre a possível formação de uma frente de direita sem a presença de Bolsonaro e demonstrou ceticismo. “É inviável. Quem negar a força política do Bolsonaro está cometendo suicídio político”, afirmou de forma contundente.

Com relação aos planos de colaboração do União Brasil com o governo Lula, Rueda deixou claro que até 2026, respeitando o calendário eleitoral, sua disposição é ajudar “um governo que faz entregas”. No entanto, a dúvida sobre o apoio à reeleição de Lula permanece em aberto. O dirigente enfatiza o desejo de unidade, propondo uma decisão conjunta que torne o projeto do partido coeso para o futuro. “Não quero seccionar isto”, finalizou.

Perspectivas de apoio regional

No tocante ao apoio do União Brasil a candidatos regionais, Rueda expressou a esperança de que haja uma construção de projetos integrados e reforçou o desejo de uma decisão unificada para o futuro do partido. Por fim, ele reiterou que a busca não deve se limitar a cargos, mas a um diálogo que vise mudanças efetivas no país.

O futuro é incerto, mas Antônio Rueda e seu partido estão claramente se posicionando dentro de um cenário em transformação, enquanto o Brasil se prepara para uma importante etapa eleitoral.

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