A Apple anunciou que premiará oito estudantes brasileiros durante a sua conferência anual de desenvolvedores, a WWDC, que ocorrerá no dia 9 de junho na sede da empresa em Cupertino, Califórnia. Os alunos participaram do Swift Student Challenge, uma competição global que incentiva jovens a desenvolverem aplicativos e soluções inovadoras. Com essa iniciativa, a Apple busca reconhecer e dar visibilidade ao potencial criativo e tecnológico da juventude, especialmente em um país tão diverso como o Brasil.
O que é o Swift Student Challenge?
O Swift Student Challenge é uma competição que visa motivar estudantes a criarem projetos utilizando a linguagem de programação Swift, da Apple. Os participantes são desafiados a apresentar aplicativos que abordem temas relevantes, com uma forte ênfase em criatividade e impacto social. A competição proporciona uma plataforma para que os jovens mostrem suas habilidades e se conectem com outros profissionais da área de tecnologia.
Os premiados e suas criações
Os vencedores são de diferentes regiões do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Recife, Manaus e São Paulo, refletindo a diversidade de talentos do país. Entre os premiados, destacam-se:
Nina Guelman
A estudante do ensino fundamental criou o aplicativo “Earthling”, que aborda a sustentabilidade por meio de um jogo ambientado em Marte no ano de 2498, após uma catástrofe ambiental na Terra. No jogo, os jogadores aprendem sobre ações que podem tomar já em 2025 para minimizar os impactos da mudança climática. “Como não existe Planeta B, é fundamental que as pessoas conheçam os perigos do aquecimento global”, afirmou Nina.
Letícia Lima de Souza
Letícia desenvolveu “PapCheck”, um aplicativo voltado para a saúde reprodutiva feminina. O app conta com um avatar, Mari, que fornece dicas de saúde e permite que as usuárias armazenem informações sobre seus exames. “Muitas mulheres ao meu redor tinham dúvidas sobre o próprio corpo, e isso as impedia de realizar exames de rotina”, explicou a estudante de Design.
Marília Luz dos Santos
A aluna da Universidade Federal de Pernambuco criou o “Lila’s Street Soccer Guide”, um guia animado que tem como objetivo aumentar a inclusão no futebol, apresentando as regras do esporte de maneira acessível e envolvente.
Felipe Mussi Ferreira Peixoto
Proveniente do Rio, Felipe desenvolveu “Braille with Zico”, um app que ensina o alfabeto braile com a ajuda de um mascote, um cachorro deficiente visual, utilizando recursos de feedback auditivo e toque.
Larissa Ayumi Okabayashi
A estudante da Universidade Estadual de Campinas criou “Yume’s Spellbook”, um aplicativo que ensina sobre modelos de linguagem, numa interface lúdica que busca desmistificar a tecnologia para iniciantes.
Thiago Parisotto Dias
Thiago, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, desenvolveu “Code the Beat”, um aplicativo que ensina programação através da música, buscando tornar o aprendizado divertido e interativo.
Carolina Quiterio
Carolina também da Universidade Estadual de Campinas, criou “Ada’s Graph”, que ensina noções de programação através de um avatar em homenagem a Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história.
João Pedro
Por fim, João Pedro, das Faculdades Integradas Hélio Alonso, desenvolveu “Fimbo Village”, um aplicativo que ensina teoria musical para crianças através de jogos interativos. “Decidi focar no público infantil com uma abordagem divertida, uma vez que a teoria musical pode ser complexa”, comentou João.
A importância do reconhecimento
O reconhecimento destes jovens talentos é mais do que uma homenagem; é um estímulo para que mais estudantes explorem o campo da tecnologia e da programação. A Apple, através deste desafio, não apenas fomenta a educação em tecnologia, mas também abre espaços para discussões sobre questões relevantes, como saúde, inclusão e sustentabilidade. É um sinal claro de que o futuro da inovação está nas mãos desses jovens criadores, que, a partir de suas experiências e visões, podem atuar como agentes de mudança em suas comunidades e além.
Ao premiar esses estudantes, a Apple demonstra sua visão sobre o potencial transformador da educação em tecnologia e reafirma seu compromisso com a inclusão e diversidade no setor de tecnologia.
