O consumo de azeite no Brasil tem ganhado atenção crescente, mas, infelizmente, a qualidade do produto tem gerado preocupação. Desde o início de 2024, 38 marcas de azeite tiveram seus lotes banidos ou foram totalmente proibidas para consumo devido a irregularidades, incluindo a adulteração e falsificação do produto. O governo federal e a Anvisa estão atuando para proteger os consumidores, revelando novas proibições na última terça-feira, 20 de fevereiro.
A preocupação com a adulteração do azeite
Estudos indicam que o azeite é o segundo produto mais falsificado no mundo, perdendo apenas para os pescados. Essa realidade alarmante, segundo o Ministério da Agricultura, se agrava a cada ano, especialmente com o aumento dos preços do azeite. Essa disparada nos preços levou muitos consumidores a buscar alternativas mais baratas, como óleos mistos, que não são azeites puros e não devem ser chamados como tal. A verdadeira essência do azeite de oliva é a sua obtenção exclusiva da azeitona, com nenhuma adição de outros óleos.
Identificando um azeite de qualidade
Para garantir a compra de um azeite genuíno e de qualidade, alguns cuidados são essenciais. O Ministério da Agricultura recomenda:
- Verificar a data de envase do produto, preferindo os que foram envasados recentemente.
- Desconfiar de preços excessivamente baixos, que podem indicar adulteração.
- Evitar a compra de azeite vendido a granel, pois a origem pode ser duvidosa.
- Consultar se a marca já foi banida pela Anvisa ou pelo Ministério da Agricultura.
Essas dicas visam não apenas garantir a qualidade do azeite adquirido, mas também proteger a saúde do consumidor.
Fraldas mais comuns no azeite brasileiro
Os fiscais têm encontrado, nas amostras de azeites falsificados, desde óleo de soja puro até misturas questionáveis com azeites verdadeiros. Além disso, corantes e aromatizantes não autorizados podem ser utilizados para enganar consumidores desavisados. Assim, a orientação do governo é clara: se o consumidor descobrir que adquiriu um produto falsificado, não deve consumi-lo. O risco à saúde é significativo, considerando que muitos destes produtos merecem investigação pela ausência de registro e fiscalização adequados.
Como pesquisar a procedência do azeite
Para evitar fraudes, o Ministério da Agricultura disponibiliza uma ferramenta online chamada Cadastro Geral de Classificação (CGC), onde é possível verificar se a distribuidora ou produtora do azeite está registrada. Além disso, a Anvisa oferece uma ferramenta similar, permitindo verificar se o produto é regular ou falsificado. Ambas as ferramentas são acessíveis ao público e são essenciais para a segurança do consumidor.
Compreendendo os tipos de azeite
É importante também reconhecer as diferenças entre os tipos de azeite disponíveis no mercado. Os principais são:
- Azeite extravirgem: de alta qualidade, feito a partir de azeitonas em excelente estado com acidez inferior a 0,8%.
- Azeite virgem: qualidade intermediária, com acidez entre 0,8% e 2%.
- Azeite lampante: de péssima qualidade, com acidez superior a 2%, impróprio para o consumo humano.
- Azeite tipo único: mistura de azeite de oliva virgem com produtos refinos, geralmente neutros.
Como o azeite é fiscalizado no Brasil
A fiscalização de azeites no Brasil é um processo rigoroso, onde as condições de higiene e a validade dos produtos são constantemente verificadas. A regularização e os registros das empresas que trabalham com azeite são medidas fundamentais para garantir a qualidade do que chega às prateleiras. Portanto, além de estar atento às marcas banidas, o consumidor pode contribuir ativamente para a luta contra a fraude no mercado de azeites no Brasil.
Com a conscientização e práticas de compra informadas, é possível desfrutar de um azeite de qualidade, tornando as refeições mais saudáveis e saborosas.
