Brasil, 16 de julho de 2025
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Pampolha é aprovado como conselheiro do TCE e muda cenário eleitoral

A aprovação de Thiago Pampolha ao TCE pode influenciar as eleições de 2026 no Rio de Janeiro.

Na última sessão do plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi aprovada com um expressivo total de 57 votos a favor, enquanto apenas cinco parlamentares votaram contra. Além disso, houve sete abstenções e uma ausência. A manobra que possibilitou a saída de Pampolha da linha sucessória foi articulada pelo grupo do governador Cláudio Castro (PL) e visa facilitar os planos eleitorais do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), que se lança como pré-candidato ao governo nas próximas eleições.

Reações à indicação de Pampolha

Os votos contrários à indicação de Pampolha foram articulados pelos deputados do PSOL, que foram criticados pelos governistas por supostamente “demonizar” a política. Apesar de se abster, partidos como o PT e PCdoB também demonstraram incerteza quanto à indicação, manifestando seus votos de “boa sorte” ao novo conselheiro. Em defesa de sua posição, o líder do PSOL, Yuri Moura, argumentou que o posicionamento dos deputados não era uma crítica direta ao vice-governador, mas sim uma discordância com o poder do governador em indicar seu próprio vice. Para ele, tal prática infringe o princípio da razoabilidade na administração pública.

Aprovação nas comissões

Antes de ser aprovado em plenário, o futuro conselheiro recebeu unanimidade nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Normas Internas e Proposições Externas. O nome de Pampolha foi enviado à Alerj pelo governador, e sua escolha se alinha a uma estratégia política que visa desviar o vice de uma possível candidatura ao governo.

Impactos nas eleições de 2026

A saída de Thiago Pampolha para o TCE pode alterar substancialmente o cenário das próximas eleições estaduais. Dessa forma, Cláudio Castro, ao se desincompatibilizar em abril, dará caminho para que Pampolha, caso ainda fosse vice, tivesse a chance de disputar a reeleição ao Palácio Guanabara. Essa situação desfavoreceria os planos de Bacellar, que busca permanecer visível para o eleitorado até as eleições.

Na visão do deputado Rodrigo Amorim (União), o movimento de Pampolha representa uma mudança considerável no cenário eleitoral. “Todos sabem que ano que vem, caso o governador parta para uma futura candidatura ao Senado, terá que se desincompatibilizar. Bacellar é o próximo na linha sucessória e certamente será governador do estado”, afirmou.

A carreira de Thiago Pampolha

Com apenas 38 anos, Pampolha é considerado jovem para os padrões políticos, tendo atuado como deputado estadual por três mandatos e exercido cargos em secretarias tanto na gestão de Castro quanto na de Luiz Fernando Pezão (MDB). Como vice-governador desde 2023, ele precisa renunciar ao cargo para assumir no TCE, donde poderá presidir o órgão a partir de 2027.

Salário e futuro no TCE

O cargo de conselheiro é vitalício e proporciona um salário de aproximadamente R$ 40 mil mensais. Essa estabilidade pode fortalecer a mão política de Pampolha nas próximas eleições, assim como influenciar o próximo governo do estado.

A movimentação política em torno da indicação de Thiago Pampolha para o TCE deve ser acompanhada de perto, principalmente à medida que o calendário eleitoral se aproxima. As dinâmicas de poder no Rio de Janeiro estão em constante transformação, refletindo um panorama competitivo e desafiador para todos os envolvidos.

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