Brasil, 23 de maio de 2025
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Um em cada quatro empregos expostos à inteligência artificial generativa

Pesquisa da OIT revela que 25% dos empregos no mundo podem ser transformados pela IA generativa. Saiba mais sobre os riscos e oportunidades.

Um estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa da Polônia (NASK), indica que cerca de 25% dos empregos ao redor do mundo estão potencialmente expostos à transformação ocasionada pela inteligência artificial generativa. Este fenômeno representa um desafio e uma oportunidade para o mercado de trabalho, conforme delineado no relatório intitulado “IA generativa e Empregos: Um Índice Global Refinado de Exposição Ocupacional”.

Entendendo a inteligência artificial generativa

A inteligência artificial generativa é um tipo de tecnologia que tem a capacidade de criar novos conteúdos, incluindo textos, imagens, músicas, áudios e vídeos. Essa capacidade de criar e inovar faz com que a IA generativa esteja cada vez mais presente em diversas áreas, alterando a forma como as profissões operam. O estudo em questão separou as profissões em quatro gradientes, que indicam a exposição e o risco de desemprego devido à automação. Isso inclui:

  • Gradiente 1: A maioria das tarefas tem pouca chance de serem automatizadas, mas algumas poucas podem ser muito afetadas.
  • Gradiente 2: O trabalho apresenta uma mistura equilibrada de tarefas que podem ou não ser automatizadas.
  • Gradiente 3: Muitas tarefas possuem alto potencial de automação, embora ainda haja variação considerável entre elas.
  • Gradiente 4: Quase todas as tarefas estão em alto risco de automação, apresentando pouca variação entre elas.

Metodologia do estudo

Para desenvolver o relatório, foram empregados sistemas detalhados de profissões provenientes da Polônia, abrangendo quase 30 mil tarefas distintas. A IA avaliou essas tarefas e 1.640 trabalhadores forneceram suas opiniões sobre quais atividades poderiam ser automatizadas. Especialistas em mercado de trabalho revisaram essas informações e criaram uma base de dados com notas para várias tarefas. O resultado foi a criação de um assistente de IA capaz de prever o risco de automação de outras atividades, focando em cenários mais próximos da realidade cotidiana do trabalho.

Transformação, não substituição

Embora o estudo aponte que 25% dos postos de trabalho estejam potencialmente vulneráveis à IA generativa, os autores destacam que a consequência mais provável dessa exposição será a transformação das funções de trabalho, e não simplesmente a substituição de empregos. A maioria das ocupações inclui tarefas que ainda demandam a presença humana, mesmo que possam ser desempenhadas de forma mais eficiente com o auxílio da IA.

A desigualdade na exposição à IA

O relatório também revela um cenário desigual quanto à exposição à IA generativa, dependendo da renda dos países e do gênero. Em economias mais desenvolvidas, aproximadamente 10% das mulheres estão ocupadas em áreas com alto risco de automação, em contrapartida, apenas 3,5% dos homens estão na mesma situação. Globalmente, 4,7% das mulheres e 2,4% dos homens ocupam funções que têm uma probabilidade maior de serem afetadas pela automação. As profissões administrativas e de escritório são as mais vulneráveis, dado que suas tarefas podem ser facilmente automatizadas.

Profissões mais expostas

Além das funções administrativas, áreas que dependem fortemente da tecnologia, como mídia, programação e finanças, também estão em risco. Com o avanço da IA, essas profissões são cada vez mais suscetíveis à automação, uma vez que as máquinas estão se tornando mais capazes de realizar tarefas especializadas que antes eram exclusivas dos humanos.

O futuro do trabalho e a necessidade de adaptação

À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, é essencial que trabalhadores e empregadores se preparem para as mudanças que virão. A busca por especialização se tornará cada vez mais necessária, e aqueles que estão dispostos a adaptar suas habilidades e conhecimentos à nova realidade da IA poderão se beneficiar das oportunidades geradas por essa tecnologia. A reflexão sobre como o trabalho pode ser transformado, mais do que substituído, é fundamental para navegar nesse novo panorama.

O impacto da IA generativa no mercado de trabalho global é uma realidade que não pode ser ignorada. Assim, é crucial que profissionais de todos os setores considerem como podem se adaptar e evoluir em resposta a essas transformações. O futuro do trabalho depende da capacidade de inovar e integrar a tecnologia de forma inteligente e produtiva.

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