A artista Dorinha Duval, reconhecida como a primeira Cuca do famoso programa Sítio do Picapau Amarelo, faleceu nesta semana aos 96 anos. A notícia foi divulgada pela filha, a também atriz Carla Daniel, por meio de uma publicação emocionada nas redes sociais.
A vida e carreira de Dorinha Duval
Nascida como Dorah Teixeira em 1929, na cidade de São Paulo, Dorinha construiu uma trajetória artística rica e diversificada. Mergulhou no mundo do teatro de revista, se apresentou em boates e cassinos, e logo ganhou notoriedade como vedete, bailarina e cantora no cenário cultural brasileiro.
Seu talento encantou o público em novelas memoráveis da TV Globo, como Irmãos Coragem e O Bem-Amado, onde se destacou por sua presença marcante e habilidade cênica.
O legado na cultura brasileira
Contudo, foi como a primeira Cuca do Sítio do Picapau Amarelo, na adaptação de 1977, que Dorinha se eternizou na memória afetiva de várias gerações. A personagem, baseada na obra de Monteiro Lobato, é lembrada com carinho por muitos que cresceram acompanhando as aventuras do programa que marcou época.

Últimos anos e desafios pessoais
Durinha foi casada por uma década com o ator e diretor Daniel Filho, com quem teve sua única filha, Carla. Nos últimos anos de sua vida, se afastou do cenário artístico e dos holofotes. Sua última atuação foi na novela Belíssima, exibida em 2006.
A trajetória de Dorinha também foi marcada por um evento trágico. Em 1980, a artista se envolveu em um incidente que resultou na morte de seu então esposo, o publicitário Paulo Sérgio Alcântara. O episódio, que ela alegou ter ocorrido em legítima defesa, culminou em sua condenação a seis anos de prisão em regime semiaberto após um primeiro julgamento anulado.
Tributos à sua memória
A morte de Dorinha Duval gerou uma onda de homenagens nas redes sociais, onde colegas de profissão e fãs expressam seu carinho e admiração pela artista. “É com tristeza mas alívio que nos despedimos. Mãe, avó, amiga e que nos trouxe bons momentos de alegria para o público brasileiro. Te amo”, foram as palavras emocionadas de Carla, que ilustram a importância da matriarca na vida de sua família e na cultura nacional.
A presença de Dorinha no Sítio do Picapau Amarelo e sua contribuição para a arte brasileira perpetuam seu legado, o qual será lembrado por muitos que puderam vivenciar sua carreira e suas interpretações icônicas. Seu talento e carisma ficarão gravados na memória de todos que tiveram a alegria de conhecer seu trabalho.
Com sua partida, o Brasil perde uma parte de sua história cultural, mas sua luz e herança artística continuarão a inspirar gerações.