Brasil, 21 de maio de 2025
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Governador de São Paulo promete ação contra violência policial

Após casos de agressão e morte, Tarcísio de Freitas garante investigação rigorosa e punições para abusos cometidos pela polícia.

No último domingo (18), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reagiu a graves incidentes de violência policial que chocaram a população. Sem entrar em detalhes sobre os casos específicos, incluindo a morte de um jovem de 19 anos durante uma abordagem, o governador afirmou que fará esforços para “evitar cenas de excesso e abuso” nas ações da polícia. A declaração foi feita durante uma coletiva no Palácio dos Bandeirantes, onde ele também elogiou a Polícia Militar, enfatizando que se trata de “uma instituição boa”.

A escalada da violência policial em São Paulo

A escalada da violência policial em São Paulo tem sido um tema recorrente, especialmente após mudanças nas políticas de segurança do estado. Nas últimas semanas, a população se deparou com diversas cenas chocantes de abuso de força, incluindo espancamentos e mortes de civis durante abordagens. Tarcísio destacou que não tolerará esses excessos e que as ações da polícia serão rigorosamente investigadas.

“A gente não vai tolerar a violência policial, não vai tolerar excessos. Essas abordagens serão investigadas, e esses policiais já estão afastados”, informou o governador. Ele garantiu que, caso os inquéritos comprovem abusos, os responsáveis serão punidos de forma severa.

Casos que geraram indignação

As falas do governador foram desencadeadas por dois casos específicos que ocorreram no mesmo dia. O primeiro envolveu a agressão de um homem que, segundo relatos, foi espancado por policiais enquanto estava no chão após ser pego com uma moto roubada, na Zona Sul da capital. Um vídeo chocante de câmeras de segurança expôs a cena de brutalidade, levando à suspensão dos policiais envolvidos e a abertura de um Inquérito Policial Militar para averiguação.

O segundo incidente remete à morte de Natanael Venâncio Almeida, um jovem de 19 anos que foi baleado pela PM enquanto tentava fugir de uma abordagem. De acordo com os relatos da família, ele havia saído para comprar medicamentos para a mãe e foi abordado pela polícia em sua residência. O caso foi classificado como uma tragédia que gerou grande comoção e revolta entre os moradores locais.

Investigação e resposta das autoridades

Em resposta aos incidentes, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que todas as circunstâncias envolvendo a morte de Natanael estão sendo investigadas. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, juntamente com a Polícia Militar, conduz as apurações, que incluem um Inquérito Policial Militar.

O ouvidor das polícias de São Paulo, Mauro Caseri, não hesitou ao classificar a abordagem do Jardim das Imbuias como “prática de tortura”. A Ouvidoria já abriu um procedimento para solicitar as gravações das câmeras corporais, exames periciais e laudos sobre a vítima. Caseri ainda acrescentou que o comportamento dos policiais deve ser avaliado por profissionais de saúde mental para que a corporação tenha noção do estado desses agentes.

Demandas da sociedade civil

Os episódios violentos motivaram o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana a intervir, enviando ofícios a diversas autoridades, como a Corregedoria das Polícias e o Ministério Público de São Paulo. A pressão por uma resposta clara e efetiva à violência policial é crescente, e o governador solicitou a prisão dos PMs envolvidos nos incidentes.

Um documento da sociedade civil critica a atual situação, afirmando que “os policiais torturam e matam os jovens com a certeza de que sofrerão apenas uma ‘punição’ administrativa” e clamando por reformas que assegurem justiça e segurança para a população.

Com a sociedade em alerta e exigindo mudanças, o governador Tarcísio de Freitas se compromete a implementar ações concretas para erradicar a violência policial, numa tentativa de restaurar a responsabilidade e a confiança nas forças de segurança do estado. O desfecho das investigações e as futuras medidas adotadas pela administração serão decisivas para o cenário de segurança pública em São Paulo.

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