Brasil, 21 de maio de 2025
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Meta amplia cabos submarinos no Brasil para região Sul

A Meta anunciou a expansão de cabos submarinos no Brasil, beneficiando a região Sul e quatro países da América Latina.

A Meta, empresa controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram, tomou uma importante iniciativa na manhã desta terça-feira ao anunciar a ampliação da infraestrutura de cabos submarinos no Brasil. O projeto visa beneficiar usuários da região Sul do Brasil, bem como de quatro países vizinhos: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. A medida reflete um investimento significativo em conectividade e infraestrutura digital no continente sul-americano.

A expansão do cabo Malbec

A expansão ocorrerá através do cabo Malbec, que está ativo desde 2021 e já conecta as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires. Com uma extensão atual de 2.500 quilômetros, o projeto será ampliado em 280 quilômetros, permitindo a inclusão de Porto Alegre no trajeto. A conclusão das obras está prevista para 2027, conforme informações divulgadas pela empresa. Esta é a primeira vez que um cabo submarino internacional terá ponto de conexão no Rio Grande do Sul, um fato que deve trazer melhorias significativas no acesso à internet na região.

Benefícios para estados vizinhos

Não apenas Porto Alegre e seus habitantes se beneficiarão da nova rota de cabos submarinos. A ampliação também vai atender usuários das regiões de Santa Catarina e Paraná. Segundo a diretora de Políticas Públicas, Conectividade e Infraestrutura da Meta para a América Latina, Ana Luiza Valadares, a iniciativa “deve beneficiar milhões de pessoas no Brasil”. Este projeto é desenvolvido em parceria com a empresa V.tal, que desempenha um papel crucial na execução da infraestrutura necessária.

Contexto e relevância do projeto

O anúncio da expansão foi feito após uma reunião entre executivos da Meta e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Durante a conversa, a Meta ressaltou que a ampliação da estrutura não é apenas uma estratégia de conectividade, mas também uma resposta ao avanço da inteligência artificial e ao aumento geral da demanda por serviços online. Em nota, a empresa enfatizou que “Capacidade, resiliência e alcance global são hoje mais importantes do que nunca”.

Ambiente competitivo no setor de tecnologia

Recentemente, a empresa também anunciou um projeto ambicioso denominado Projeto Waterworth, que prevê a instalação de 50 mil quilômetros de cabos submarinos que cruzarão cinco continentes, tornando-se a conexão mais longa do mundo nesse formato. Além da Meta, grandes empresas tecnológicas como Google e Microsoft também estão investindo na expansão de suas infraestruturas submarinas, destacando a crescente necessidade de conectar regiões remotas de maneira eficaz e eficiente.

Controvérsias sobre a concentração de infraestrutura

Apesar dos benefícios evidentes, a expansão dos cabos submarinos por grandes empresas de tecnologia levanta questões importantes. O controle sobre essas infraestruturas críticas está nas mãos de poucas empresas privadas, o que gera preocupações sobre a soberania digital e a governança da internet. A concentração da infraestrutura pode impactar a forma como a internet é regulada e utilizada, considerando que as grandes techs lidam com volumes massivos de dados que influenciam até mesmo políticas públicas.

As discussões sobre a privacidade, segurança e acesso igualitário à informação estão mais relevantes do que nunca, atraindo a atenção de legisladores e usuários finais. O futuro da conectividade na América Latina será moldado não apenas por inovações tecnológicas, mas também por um debate aberto sobre a responsabilidade das empresas em relação a um bem tão vital quanto a internet.

Com a expansão da Meta, espera-se que a conectividade na região Sul do Brasil e nos países vizinhos melhore, promovendo um acesso mais rápido e confiável aos serviços online. A transição para uma maior conectividade representa um passo significativo para a inclusão digital e o fortalecimento da infraestrutura tecnológica na América Latina.

O que se pode esperar agora é como as comunidades locais, governos e empresas irão se adaptar a essa nova realidade, especialmente considerando os desafios que a modernização da infraestrutura pode trazer.

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