Brasil, 21 de maio de 2025
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Comissão Nacional de Clubes e CBF discutem VAR e arbitragem

Reunião entre dirigentes e CBF resultou em alinhamento sobre VAR, mas propostas de clubes para arbitragem não foram aceitas.

No último encontro realizado nesta segunda-feira, a Comissão Nacional de Clubes se reuniu com dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir os rumos do sistema de arbitragem no futebol brasileiro, especialmente no que tange ao uso do VAR. Apesar das preocupações levantadas pelos clubes, o encontro terminou sem propostas concretas sendo acolhidas, mas houve um alinhamento sobre a atuação do árbitro de vídeo.

Preocupações com a atuação do VAR

Os clubes participantes da reunião, incluindo representantes de grandes times como Flamengo, Palmeiras e São Paulo, expressaram sua preocupação em relação a um árbitro de vídeo que, segundo eles, tem se mostrado excessivamente opinativo nas decisões. Em resposta, o presidente da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Cintra, garantiu que a orientação dada aos árbitros é para que minimizem suas intervenções e se concentrem em auxiliar o juiz de campo de forma mais objetiva.

Diretrizes para o uso do VAR

Uma das principais solicitações dos dirigentes foi que, após sugerir uma revisão, o VAR deveria desligar o microfone e permitir que o árbitro tomasse a decisão baseando-se apenas nas imagens exibidas. Entretanto, a recomendação atual é que o VAR se manifeste somente se for questionado pelo juiz, sem encerrar a comunicação completamente, garantindo assim que o árbitro tenha suporte contínuo durante a partida.

Limites de revisão e prazos

Os clubes também propuseram que a revisão de lances fosse limitada a dois minutos. Caso esse prazo fosse excedido, a decisão do árbitro em campo prevaleceria. No entanto, esta sugestão foi prontamente rechaçada, uma vez que a FIFA proíbe tal prática, enfatizando a necessidade de manter a integridade do processo de revisão.

Critérios de avaliação de lances

Rodrigo Cintra também se posicionou contra a proposta de que apenas irregularidades acontecidas 25 segundos antes da finalização de um gol fossem consideradas. Esta regra, se adotada, poderia abrir precedentes para uma série de disputas sobre a validade de lances, gerando confusão e descontentamento entre os clubes.

Pessoas presentes e reações

O encontro contou com a participação de figuras importantes do futebol brasileiro, como Fernando Sarney, presidente interino da CBF, e Julio Avellar, diretor de competições, além de diversos representantes dos clubes, entre eles Júlio Casares (São Paulo), Luiz Eduardo Baptista (Flamengo), e Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que participou como convidada por videoconferência.

Apesar das divergências, a reunião foi considerada um passo em direção ao entendimento entre clubes e CBF em relação à arbitragem e ao uso do VAR. O desafio agora será encontrar um meio-termo que satisfaça ambas as partes e que contribua para a melhoria da qualidade do futebol no Brasil.

As discussões continuam acaloradas, com a expectativa de que novas reuniões possam levar a um consenso que atenda as demandas dos clubes e a necessidade de um futebol mais justo e transparente no país.

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