Brasil, 20 de maio de 2025
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Lula influencia corrida pelo comando do PT e Edinho é o escolhido

Lula articula a unidade no PT, e Edinho Silva se destaca como candidato à presidência da sigla na iminente eleição interna.

Em um momento decisivo para o Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou sua influência ao articular a candidatura de Edinho Silva para a presidência da sigla, desarticulando tentativas de dissidência nos dias que antecedem a eleição interna. A decisão de Lula de manter o campo majoritário unido foi crucial para evitar uma guerra fratricida entre os petistas, garantindo que a corrente majoritária, a Construindo Novo Brasil (CNB), entrasse na disputa com uma chapa única.

A desistência de Washington Quaquá

A desistência do prefeito de Maricá, Washington Quaquá, foi um desdobramento direto da vontade expressa de Lula. A decisão ocorreu na última segunda-feira, data limite para a inscrição das chapas, e poucas horas antes de um evento na sede do PT em Brasília, onde ficou confirmado que apenas Edinho Silva lideraria a candidatura. Quaquá era visto como o único rival que poderia complicar a eleição de Edinho, se destacando por seu estilo extravagante, que chegava a incomodar colegas dentro do partido.

As razões para a retirada de Quaquá

Quaquá não hesitou em esclarecer que sua desistência se deu pela imposição do desejo de Lula, que foi evidenciado por meio da ministra Gleisi Hoffman, atual chefe da articulação política do governo. Aliados de Quaquá afirmam que ele negociou um espaço na vice-presidência do partido, lidando assim com o desgaste que suas falas polêmicas tinham causado, além de garantir um cargo de destaque na nova executiva.

Unidade e convergência no PT

A articulação de Lula se estendeu além de Quaquá. Nos últimos dias, emissários do presidente e Edinho já estavam trabalhando para conter novas dissidências na CNB, uma corrente considerada majoritária dentro do PT. Isto incluiu o esforço para dissuadir outros membros da bancada do partido na Câmara, que estavam considerando lançar novas candidaturas. A estratégia de Lula parece ter surtido efeito, resultando em um refrão de convergência em torno da candidatura de Edinho.

O evento de lançamento da chapa da CNB

Durante o evento de lançamento da chapa da CNB, Edinho foi acompanhado por sete ministros, além do presidente interino do PT, Humberto Costa. A presença maciça de apoio demonstrou uma frente unida, que enviou sinais à oposição, especialmente à direita, em vez de se desviar em disputas internas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda lançou um ataque contundente contra a extrema-direita, prometendo que o próximo ano será um desafio para eles.

A eleição interna e a concorrência

A eleição interna do PT está marcada para o dia 7 de julho, e apesar de Edinho ser o candidato oficial da CNB, outros nomes como Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar ainda estarão na disputa. No entanto, a movimentação dentro do partido sugere que a chapa única da CNB terá mais chances de sucesso, especialmente após o apoio unificado que Edinho recebeu.

Próximos passos e estratégias no PT

Enquanto isso, Gleide Andrade, tesoureira do partido e considerada adversária de Edinho, atuou como uma das organizadoras do evento, sinalizando uma melhor alinhamento entre os dois. Embora ainda restem algumas escolhas importantes a serem feitas na nova direção do partido, a tendência é que a CNB mantenha a sua força, especialmente se conseguir um bom desempenho nas votações dos estados, permitindo que Gleide permaneça na tesouraria, cargo que é visto como estratégico após a presidência.

Com esses movimentos, a direção do PT parece se consolidar em torno de Edinho Silva, enquanto a liderança de Lula continua a guiar as articulações internas do partido. O cenário político é dinâmico, e a preparação para a eleição interna será um teste fundamental para a unidade e a estratégia do PT em face das adversidades que se aproximam no horizonte político nacional.

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